Publicado 11/12/2020 17:34 | Atualizado 14/12/2020 10:52
Niterói - “Acredito que a maioria dos moradores da cidade possui essa mesma percepção: de que Niterói se tornou uma cidade mais segura para se viver. Aprovamos e estamos satisfeitos com esse reforço no policiamento, que mudou a vida dos bairros”. A frase é de Marinice Machado, psicóloga, mestre em Defesa e Segurança Civil (UFF) e vice-presidente do Conselho Comunitário de São Francisco, ao falar da atuação e importância do Programa Segurança Presente, que, no próximo dia 15, completa três anos e hoje atende nove bairros da cidade.
Uma marca do Programa Niterói Presente, citado por todos, é a integração com a população, em um trabalho de polícia de proximidade. Mediadores interagem com moradores através do WhatsApp. Todos os bairros tem um grupo para ajudar a população e agilizar determinadas ocorrências. O grupo segue regras específicas, e são vedados assuntos que não se relacionem à segurança pública.
Os programas Niterói Presente e Proeis são resultado de convênios da Prefeitura com o Governo do Estado, em que o município paga uma gratificação para policiais militares que aceitam trabalhar nas ruas de Niterói nos dias de folga. No caso do Niterói Presente, há um efetivo fixo de policiais, alguns já reformados, e agentes civis. Os programas pagos pela prefeitura colocam, em média, 448 homens por dia nas ruas patrulhando a cidade.
Marinice Machado reforça que os moradores viveram dias de muito medo antes da chegada do programa. Até cinco assaltos por dia eram registrados no bairro e o clima era de insegurança nas ruas.
“Vivemos anos assustadores desde 2011. Chegamos a organizar manifestações. Na época, vivíamos um clima de insegurança total na nossa cidade. A ‘sensação de segurança’ foi recuperada, assim como nosso direito de ir e vir, de caminhar tranquilamente pelas ruas da nossa cidade. Posso garantir que há mais de 10 anos São Francisco não tem números tão baixos de criminalidade. Sabemos que zerar casos é impossível, em virtude da nossa grave desigualdade social. Mas podemos afirmar que, desde a chegada do programa em São Francisco, temos um resultado expressivo nos índices de casos de violência. A integração da coordenação do programa com os moradores, através do grupo de WhatsApp criado pela Associação de Moradores de São Francisco (CCSF), onde mantemos contato com o policiamento de ronda sobre qualquer evento suspeito no bairro, acontece em um clima cordial, respeitoso e bastante dinâmico, de pronto atendimento”, ressalta Marinice.
O Programa Niterói Presente já atuou em mais de 2.217 ocorrências e ultrapassou a marca de 100 prisões em flagrante em três anos. Também foram recuperados 134 objetos roubados e 130 veículos. Durante este período, os agentes retiraram 577 foragidos das ruas durante as abordagens, além de colaborar para a prisão de traficantes, em apoio às ações da Polícia Militar.
O Niterói Presente é uma das ferramentas da Prefeitura de Niterói para combater a criminalidade, além de uma rede de 522 câmeras de monitoramento do Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), 70 delas de inteligência artificial.
“A integração com a população é um fator preponderante e de extrema importância no Programa Niterói Presente. Enquanto os agentes do programa atuam em determinadas áreas, a Polícia Militar pode ficar livre para outro tipo de policiamento ostensivo e de maior potencial ofensivo de segurança. É sem dúvida uma integração que, somada ao apoio do Cisp com as câmeras da Guarda Municipal, deram um outro perfil para o trabalho de segurança pública na cidade”, explica o secretário do Gabinete de Gestão Integrada Municipal, Gilson Chagas.
O programa alcança todas as delegacias regionais da cidade. Atualmente, contam com a proteção dos agentes os bairros de Icaraí, São Francisco, Jurujuba, Charitas, Centro, Fonseca, Barreto, Santa Rosa, além da Região Oceânica. O investimento da Prefeitura de Niterói no programa é de cerca de R$ 137 milhões por ano.
Regras de convívio dos grupos operacionais
Com característica própria de proximidade com a população, os grupos de operação do Niterói Presente têm como objetivo a divulgação de ocorrências e a aproximação do comando da equipe local com a população.
Para manter a ordem do grupo e com comentários e mensagens apenas focados no assunto de segurança pública e ocorrências do dia a dia, algumas mensagens são consideradas indesejadas, como qualquer tipo de publicidade sobre o trabalho realizado por órgãos públicos ou entidades civis sem a participação direta do Niterói Presente; questões pessoais/conversas particulares; mensagens de bom dia/boa tarde/boa noite; ocorrências fora da área de atuação do Niterói Presente; correntes; religião; futebol; memes; políticas.
“Essa integração com moradores é fantástica. Criar um grupo com moradores e os policiais do Niterói Presente realmente foi uma grande iniciativa. Temos uma ferramenta que colabora para uma pronta resposta e a eficiência nos chamados. Nosso trabalho não é apenas de segurança pública, é também de cidadania. É um trabalho de proximidade e integração total com a população, por isso deu tão certo. Quando utilizamos as redes sociais e o WhatsApp, o morador daquela região já fica sabendo quais os policiais que normalmente são destacados para o patrulhamento daquela área. No grupo, mantemos a aproximação e não questões técnicas ou de estratégia”, explica o Capitão Wellington Moreira, coordenador operacional do Niterói Presente.
Agentes Civis fazem parte das equipes –Kreder Bonfim, agente civil que faz parte dos quadros do programa desde o início do programa em Icaraí, primeiro bairro a receber o Segurança Presente.
“A função do agente civil no projeto é auxiliar o policial militar nas abordagens, principalmente na fiscalização do trabalho, tanto para salvaguardar o policial, como os direitos do cidadão. Além de combater e reduzir a criminalidade, o foco do Niterói Presente é atuar como polícia cidadã, preocupada com os direitos de cada um. São momentos emocionantes no dia a dia que não incluem somente o combate à criminalidade. Um exemplo foi um dos agentes pulou no mar para salvar uma senhora que estava em surto. Ela depois nos agradeceu muito e isso não tem preço”, afirma o agente.
Barreto – “Posso dizer que o Niterói Presente e, em especial, a 4ª Companhia do Barreto, nos trouxe mais segurança. São vários pontos com motos, policiais espalhados, todos muito educados, prestativos e atentos. Graças a esse trabalho, hoje podemos ver mais movimentação nas ruas. As pessoas estão saindo para fazer suas caminhadas com segurança”, conta Alexandra Sandes, presidente da Associação de Moradores do Barreto.
Icaraí–“O programa chegou em Icaraí em 2017 e é de vital importância para a segurança dos moradores. A integração com as demais forças de segurança, como o 12º Batalhão de Polícia, a Polícia Civil e a Guarda Municipal, em especial o Cisp, é fundamental para o sucesso da operação”, observa Darly Bodstein, presidente da Associação de Moradores de Icaraí (AMAI).
Uma marca do Programa Niterói Presente, citado por todos, é a integração com a população, em um trabalho de polícia de proximidade. Mediadores interagem com moradores através do WhatsApp. Todos os bairros tem um grupo para ajudar a população e agilizar determinadas ocorrências. O grupo segue regras específicas, e são vedados assuntos que não se relacionem à segurança pública.
Os programas Niterói Presente e Proeis são resultado de convênios da Prefeitura com o Governo do Estado, em que o município paga uma gratificação para policiais militares que aceitam trabalhar nas ruas de Niterói nos dias de folga. No caso do Niterói Presente, há um efetivo fixo de policiais, alguns já reformados, e agentes civis. Os programas pagos pela prefeitura colocam, em média, 448 homens por dia nas ruas patrulhando a cidade.
Marinice Machado reforça que os moradores viveram dias de muito medo antes da chegada do programa. Até cinco assaltos por dia eram registrados no bairro e o clima era de insegurança nas ruas.
“Vivemos anos assustadores desde 2011. Chegamos a organizar manifestações. Na época, vivíamos um clima de insegurança total na nossa cidade. A ‘sensação de segurança’ foi recuperada, assim como nosso direito de ir e vir, de caminhar tranquilamente pelas ruas da nossa cidade. Posso garantir que há mais de 10 anos São Francisco não tem números tão baixos de criminalidade. Sabemos que zerar casos é impossível, em virtude da nossa grave desigualdade social. Mas podemos afirmar que, desde a chegada do programa em São Francisco, temos um resultado expressivo nos índices de casos de violência. A integração da coordenação do programa com os moradores, através do grupo de WhatsApp criado pela Associação de Moradores de São Francisco (CCSF), onde mantemos contato com o policiamento de ronda sobre qualquer evento suspeito no bairro, acontece em um clima cordial, respeitoso e bastante dinâmico, de pronto atendimento”, ressalta Marinice.
O Programa Niterói Presente já atuou em mais de 2.217 ocorrências e ultrapassou a marca de 100 prisões em flagrante em três anos. Também foram recuperados 134 objetos roubados e 130 veículos. Durante este período, os agentes retiraram 577 foragidos das ruas durante as abordagens, além de colaborar para a prisão de traficantes, em apoio às ações da Polícia Militar.
O Niterói Presente é uma das ferramentas da Prefeitura de Niterói para combater a criminalidade, além de uma rede de 522 câmeras de monitoramento do Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), 70 delas de inteligência artificial.
“A integração com a população é um fator preponderante e de extrema importância no Programa Niterói Presente. Enquanto os agentes do programa atuam em determinadas áreas, a Polícia Militar pode ficar livre para outro tipo de policiamento ostensivo e de maior potencial ofensivo de segurança. É sem dúvida uma integração que, somada ao apoio do Cisp com as câmeras da Guarda Municipal, deram um outro perfil para o trabalho de segurança pública na cidade”, explica o secretário do Gabinete de Gestão Integrada Municipal, Gilson Chagas.
O programa alcança todas as delegacias regionais da cidade. Atualmente, contam com a proteção dos agentes os bairros de Icaraí, São Francisco, Jurujuba, Charitas, Centro, Fonseca, Barreto, Santa Rosa, além da Região Oceânica. O investimento da Prefeitura de Niterói no programa é de cerca de R$ 137 milhões por ano.
Regras de convívio dos grupos operacionais
Com característica própria de proximidade com a população, os grupos de operação do Niterói Presente têm como objetivo a divulgação de ocorrências e a aproximação do comando da equipe local com a população.
Para manter a ordem do grupo e com comentários e mensagens apenas focados no assunto de segurança pública e ocorrências do dia a dia, algumas mensagens são consideradas indesejadas, como qualquer tipo de publicidade sobre o trabalho realizado por órgãos públicos ou entidades civis sem a participação direta do Niterói Presente; questões pessoais/conversas particulares; mensagens de bom dia/boa tarde/boa noite; ocorrências fora da área de atuação do Niterói Presente; correntes; religião; futebol; memes; políticas.
“Essa integração com moradores é fantástica. Criar um grupo com moradores e os policiais do Niterói Presente realmente foi uma grande iniciativa. Temos uma ferramenta que colabora para uma pronta resposta e a eficiência nos chamados. Nosso trabalho não é apenas de segurança pública, é também de cidadania. É um trabalho de proximidade e integração total com a população, por isso deu tão certo. Quando utilizamos as redes sociais e o WhatsApp, o morador daquela região já fica sabendo quais os policiais que normalmente são destacados para o patrulhamento daquela área. No grupo, mantemos a aproximação e não questões técnicas ou de estratégia”, explica o Capitão Wellington Moreira, coordenador operacional do Niterói Presente.
Agentes Civis fazem parte das equipes –Kreder Bonfim, agente civil que faz parte dos quadros do programa desde o início do programa em Icaraí, primeiro bairro a receber o Segurança Presente.
“A função do agente civil no projeto é auxiliar o policial militar nas abordagens, principalmente na fiscalização do trabalho, tanto para salvaguardar o policial, como os direitos do cidadão. Além de combater e reduzir a criminalidade, o foco do Niterói Presente é atuar como polícia cidadã, preocupada com os direitos de cada um. São momentos emocionantes no dia a dia que não incluem somente o combate à criminalidade. Um exemplo foi um dos agentes pulou no mar para salvar uma senhora que estava em surto. Ela depois nos agradeceu muito e isso não tem preço”, afirma o agente.
Barreto – “Posso dizer que o Niterói Presente e, em especial, a 4ª Companhia do Barreto, nos trouxe mais segurança. São vários pontos com motos, policiais espalhados, todos muito educados, prestativos e atentos. Graças a esse trabalho, hoje podemos ver mais movimentação nas ruas. As pessoas estão saindo para fazer suas caminhadas com segurança”, conta Alexandra Sandes, presidente da Associação de Moradores do Barreto.
Icaraí–“O programa chegou em Icaraí em 2017 e é de vital importância para a segurança dos moradores. A integração com as demais forças de segurança, como o 12º Batalhão de Polícia, a Polícia Civil e a Guarda Municipal, em especial o Cisp, é fundamental para o sucesso da operação”, observa Darly Bodstein, presidente da Associação de Moradores de Icaraí (AMAI).
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