A menina Ana Clara Gomes Machado, de 5 anos, morta por um tiro no ombroImagem Internet
Por O Dia
Publicado 03/02/2021 10:19 | Atualizado 03/02/2021 10:21
Niterói - O corpo da pequena Ana Clara Gomes Machado, de 5 anos, que foi baleada, na manhã da última terça-feira (2), na porta de casa, durante confronto entre policiais militares e criminosos, no Monan Pequeno, em Pendotiba, permanece no Instituto Médico Legal (IML) do Barreto, em Niterói.
O enterro da criança está marcado para acontecer às 14h, desta quarta-feira (3), no Cemitério de São Francisco e o corpo deve chegar por volta de meio dia.

Um policial militar do 12° BPM (Niterói) foi preso em flagrante pelo caso e responderá por homicídio doloso. A PM também instaurou inquérito para apurar a conduta dos militares durante a operação.

De acordo com a mãe da pequena Ana Clara, o caso aconteceu quando ela e os dois filhos estavam no quintal de casa. Eles ouviram os primeiros tiros e correram. Ela levou o filho de dois anos para o quarto e quando voltou já encontrou a menina no chão, desacordada.

Ana Clara chegou a ser socorrida e encaminhada para o Hospital Estadual Azevedo Lima, no Fonseca, mas já chegou na unidade de saúde sem vida.

Familiares e vizinhos afirmam que não aconteceu nenhum confronto no local e que todos os tiros foram disparados pela polícia. Para expressar indignação, um protesto foi realizado na noite do caso.

Com troncos de madeiras fechando a rua que da acesso ao Cantagalo, manifestantes pediam justiça pela morte da menina.

Contudo, apesar da fala dos moradores, a Policia Militar informou, através de nota, que os PMs realizavam um patrulhamento pela Estrada Monan Pequeno quando cerca de cinco criminosos atiraram contra os policiais. Houve revide e os criminosos fugiram, mas voltaram a atacar com mais tiros. Após esse segundo confronto moradores foram para as ruas pedir socorro para a Ana Clara, que já estava ferida.

Prisão - Apesar de não ter confessado o disparo, um cabo da PM, lotado no 12° BPM (Niterói) foi preso em flagrante após prestar depoimento com contradições, segundo investigadores da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo.

Ele vai responder por homicídio com dolo eventual. A arma usada por ele e por todos os outros policiais envolvidos na ação foram apreendidas e vão passar por confrontos balísticos.

O batalhão de Niterói também abriu um procedimento interno para apurar a conduta dos policiais durante a ação.

Agentes da Divisão de Homicídios seguem investigando o caso.
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