Publicado 03/09/2021 19:27
O fim do Niterói Presente na terra de Arariboia está dando o que falar. No início da tarde desta sexta-feira o vice-prefeito Paulo Bagueira falou do término do convênio entre a Prefeitura e o Governo do Estado, que acabou com o Programa. "Como político, cidadão e morador de Niterói não posso deixar de lamentar. Custeado exclusivamente pelo governo municipal, o convênio bancava 297 PMs patrulhando as ruas, em um investimento anual de R$30 milhões (repito, custeado pela Prefeitura) e que derrubou os índices de violência nos locais onde foi implantado", queixou-se.
"Faria melhor o governo estadual, deixar que a Prefeitura mantivesse esses investimentos, como era o nosso desejo, e usasse os recursos que pretende injetar no seu novo programa, na ampliação do efetivo do 12° Batalhão da Polícia Militar, que há anos o niteroiense deseja, influindo assim, no combate à violência em outros bairros onde o Niterói Presente não havia ainda chegado. Como deputado estadual, atuei em 2019 na ampliação e renovação desse convênio. Só não conseguimos ampliá-lo mais, à época, por falta de recursos humanos do governo estadual", ressaltou Bagueira.
O vice-prefeito disse que atua há mais de 30 anos na política de Niterói e que é testemunha do quanto a Câmara de Vereadores tentou, por anos, ampliar a integração entre as forças de segurança. "Sempre acreditei que a participação dos municípios nesse tema é de fundamental importância para o sucesso de políticas de segurança pública. Esse entendimento que sempre defendi, começou a ganhar força e se solidificou a partir de 2013, quando o prefeito Rodrigo Neves assumiu a Prefeitura de Niterói e resolveu que caberia ao município ampliar o seu papel no combate à violência e por uma cultura de paz", relembrou Bagueira.
"De lá para cá, inúmeros foram os projetos de lei que ajudamos a aprovar na Câmara e que viabilizaram essa política. A Criação do Cisp, com mais de 500 câmeras de monitoramento e os portais de segurança. O Proeis e o Rais, que possibilitaram ao município o pagamento de diárias aos PMs lotados na cidade. A reforma de delegacias, de unidades da PM, como DPOs. A compra de armas apreendidas e o pagamento de gratificação às forças de segurança sempre que os índices de violência caem, como forma de estímulo. O plebiscito que o niteroiense disse “Não” ao porte de armas para a guarda municipal e o exponencial crescimento do efetivo de nossa guarda são alguns dos exemplos. O pagamento emergencial da gratificação de Natal às forças de segurança quando o estado colapsou em 2017, também foi fruto dessa política municipal. Por fim, a criação do Niterói Presente, modelo único de segurança pública que, de tão exitoso, merece ser exemplo a ser apresentado pelo governo estadual a outros municípios", disse o vice do Executivo de Niterói.
Bagueira encerrou dizendo querer acreditar que a suspensão do convênio não seja uma espécie de retaliação política na cidade.
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