Rio - Quando um carro ganha uma nova geração, o ideal é que haja evolução em seus pontos fracos e que os destaques sejam ao menos mantidos. Pois parece ter sido essa a receita para o novo Renault Logan, exibido no Salão de Buenos Aires, capital da Argentina, e que chega ao Brasil até o fim do ano.
Admirado pelo espaço interno e opções competitivas de motorização, o revés ficava por conta do design, que não estava à altura de seus principais concorrentes. Agora com a nova geração, o sedã compacto da Renault traz linhas mais modernas que lhe conferem um melhor porte, uma evolução considerável no seu visual externo.
Retornando ao ponto da permanência dos destaques, a fabricante até melhorou algum deles: o espaço interno, principal qualidade do modelo, cresceu — são mais cinco centímetros de comprimento em relação ao modelo atual. A largura diminuiu em dois centímetros e o entre-eixos permanece o mesmo, assim como o porta-malas, de capacidade para 510 litros.
A Renault não confirmou se novos motores virão com a novidade. Caso permaneça com a gama atual, o novo sedã compacto terá o bloco 1.0 l 16V em sua versão de entrada, passando ao 1.6 l 8V de 106 cv e a opção topo de linha usará o 1.6 l 16V de 112 cv com possibilidade de transmissão automática de quatro velocidades. O restante da linha é equipada com câmbio manual de cinco marchas. Com a chegada gradual dos motores três cilindros ao Brasil, há possibilidade do Logan ter opções 0.9 l e 1.2 l.
Impressões (Marcellus Leitão, de Buenos Aires)
Ao primeiro contato, o Logan agrada. Muito mais do que o modelo atual, quadrado e sem personalidade. A nova versão ganhou o que faltava ao conjunto reconhecidamente robusto, espaçoso e acessível: beleza de linhas.
A frente recebeu a nova identidade da marca, que estreou no Clio e agora ocupa toda a linha na Europa. O Logan tem conjunto ótico de dupla parábola e lanternas traseiras mais bonitas. Vai chegar até o fim do ano no Brasil para vender bem. O novo Sandero, previsto para 2014, terá frente igual.
O interior continua espartano mas está mais bem acabado. Os bancos são melhores, assim como a empunhadura do volante e do câmbio. O espaço no banco de trás é o mesmo e continua generoso.
