Por leandro.eiro

Rio - Durante o primeiro teste no Rio com o elétrico puro Nissan Leaf, a primeira fila para abastecimento elétrico e a confirmada desoneração fiscal de elétricos, híbridos e outros movidos por energias alternativas a acontecer, já no início de 2014. Esta última nova, que viabiliza as outras duas — inclusive a indesejável fila —, irá atingir ainda os modelos já importados, como o Ford Fusion e o Toyota Prius, além de abrir horizontes para o Mitsubishi iMiev e os Renault Fluence ZE, Kangoo ZE, ZOE e, com uma forcinha, o Twizy.

O Leaf%2C que já é usado por 90 mil compradores%2C tem 109 cv e muito espaço interno. Carlo Wrede / Agência O Dia


Forcinha porque a legislação brasileira não presume um carro urbano dois lugares como o Twizy, como não prevê os demais elétricos, classificados como ‘outros’ na letra dura da Lei e, por isso, pagantes da maior alíquota de importação possível.

Baixa manutenção
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Nesta chuva de boas notícias, as voltas com o Leaf encontraram sua vocação na má notícia que é o trânsito carioca. No deslocamento insano o Leaf acabou mostrando, por ironia, a sua grande capacidade de ser econômico e confortável.
'Fila' de elétricos para abastecer Carlo Wrede / Agência O Dia


O custo de dois abastecimentos de 80% da carga, em um carregador rápido da Petrobras, foi de aproximadamente R$ 3,80 e R$ 3,95, convertidos os Kw/h absorvidos pela bateria em reais, pelo custo cheio da energia. Isto, para rodar pouco mais de 120 quilômetros. O taxista que abastecia à nossa frente é pura alegria ao falar do Leaf. Antonio está muito feliz de ter um dos 15 modelos que rodam no Rio. Na opinião do profissional, o carro vende a marca e ensina o conceito do elétrico, que pede até uma condução diferente. E de fato, no nosso test-drive, percebemos que utilizar a inércia para recarregar as baterias através da regeneração nas frenagens, leva a mais parcimônia nas acelerações e o pisar no freio antes do sinal.

O uso contido, apesar da intensa aceleração possível com o motor elétrico, agrega segurança e ensina sabedoria ao dirigir na cidade.

O silêncio quase absoluto é interrompido pelo limpador de pára-brisas, sob a chuva insistente. O Leaf chama atenção e pede aberturas de janelas para responder às perguntas de outros motoristas: “Já está à venda? Quanto custa?” Depois da primeira negativa a segunda resposta desanima. Se fosse vendido hoje, custaria salgados R$ 200 mil.

Baterias duram 9 anosCarlo Wrede / Agência O Dia


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