Por helio.almeida

São Paulo - Minas Gerais, Distrito Federal e São Paulo podem voltar a registrar grandes manifestações nesta quarta-feira. Isso porque a capital mineira sedia hoje jogo da semi-final da Copa das Confederações, entre Brasil e Uruguai, no estádio do Mineirão. Em Brasília, também está marcado para acontecer mais uma edição da Marcha do Vinagre, cuja expectativa é atrair 100 mil pessoas. A capital paulista, por sua vez, terá um novo ato pela criação de uma CPI dos Transportes na cidade.

Grupo de manifestantes faz passeata na Avenida Rio Branco%2C Centro do RioFernando Souza / Agência O Dia

O protesto que deve acontecer no entorno do estádio do Mineirão, no entanto, promete ser o mais tenso do País. É que o prefeito da Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB-MG), afirmou que, caso os manifestantes tentem ultrapassar o limite da zona de exclusão acertado com a Fifa, a polícia deverá adotar uma postura "de tolêrancia zero". Além disso, a própria Polícia Militar de Minas Gerais dá “como certo” que haverá confronto violento.

A previsão de novos embates se deve ao fato de terem sido identificadas "organizações criminosas extremistas" nas passeatas anteriores. “Algumas centenas de pessoas, em meio a milhares, são minoria. É um grupo minoritário, mas significativo", afirmou o comandante da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Márcio Sant'Ana, sobre o tamanho do grupo.

Brasília

A situação também pode ficar tensa na Marcha do Vinagre, em Brasília. A Polícia Militar do Distrito Federal definiu que terá policiais à paisana para identificar manifestantes que se envolverem em atos de depredação ou que tentarem furar o bloqueio policial, que será feiro em formato de "U" para proteger o Congresso Nacional, a sede do Ministério da Justiça e o Palácio do Itamaraty.

Esses policiais à paisana irão repassar informações para uma coluna de policiais do batalhão de choque que ficará atrás da PM. Ao serem identificados, os líderes mais exaltados no enfrentamento com a polícia, o choque irá pinçá-los no meio da multidão.

A orientação é diferente da repassada na semana passada, quando a ordem dada aos policiais era para evitar confronto com manifestantes. Na ocasião, alguns participantes do protesto chegaram até a colocar fogo no Palácio do Itamaraty. Desta vez, o efetivo deve combater os depredadores e efetuar um número maior de prisões. "A polícia não vai aceitar atos de violência contra policiais", disse ao iG o tenente-coronel Zilfrank Antetero, chefe do Centro de Comunicação da PM de Brasília, ressaltando que a corporação vai "coibir com mais energia" atos considerados "delituosos".

São Paulo

Após a Câmara Municipal de São Paulo fazer uma manobra para adiar a votação que permitiria a abertura da CPI dos Transportes, manifestantes prometem novo ato em frente à sede. O objetivo do protesto, marcado para 13h, é pressionar os vereadores a investigarem os contratos de transporte público na capital paulista. No mesmo dia haverá nova votação sobre o tema.

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