Por nara.boechat
Clarissa Garotinho e Rodrigo MaiaNei Lima / Agência O Dia

Rio - Não tenho certeza, assim, de apostar dinheiro. E também sei que a política é uma nuvem — você olha e ela está de um jeito; olha de novo, e ela já está diferente, etc, etc, etc. Mas está me parecendo que a possibilidade de Clarissa Garotinho (PR) e Rodrigo Maia (DEM) voltarem a fazer uma dobradinha equivale à de Barack Obama me ligar para dar uma nota exclusiva. Fato é que, depois de meses de espera, a filha de Anthony Garotinho, finalmente, conseguiu sentar para conversar com o filho de Cesar Maia.

Queria, Clarissa explica, cobrar do ex-companheiro de chapa acordo que ela garante ter sido fechado quando os dois clãs estavam ajustando como iriam se unir contra o prefeito Eduardo Paes ano passado — Cesar apoiaria Garotinho em 2014 na eleição para o governo. Diz a deputada: “Agora, ele diz que não tem mais condições de cumprir o acordo porque o pai quer ser candidato. A conversa não terminou bem. Ou melhor, nem terminou...” Sim, é o que parece: deu ruim no tal encontro.

No pé

NEM AÍ

Como tenho feito desde que PR e DEM inventaram essa união ano passado, fui no ‘outro lado’ para saber se Rodrigo ia querer falar alguma coisa sobre o babado. Nada. O democrata preferiu não comentar e me deu perdido. Rodrigo tem especial talento para se manter longe de polêmica na imprensa — coisa que herdou, como sabemos, da mãe.

CANSEI

Eu ju-ro que não volto a falar de Clarissa e Rodrigo nem tão cedo. A não ser, claro, que aquela nuvem que passa lá em cima agora esteja em lugar diferente na próxima vez que eu olhar para o céu, que eu também não sou de ferro.

BYE, CHICO

Essa Jornada Mundial da Juventude (JMJ) deixou meu coraçãozinho dividido. Metade morreu de orgulho de ver o Rio coalhado de gente de todos os cantos do planeta sassaricando aqui, feliz da vida. A outra metade morreu de vergonha só de pensar em tudo o que deu errado. Tendo dito isso, lembro que, dos governantes envolvidos na recepção de um evento de grande porte como a JMJ, o prefeito é o único que, se não tiver nenhuma ideia ‘brilhante’ ano que vem, com certeza vai estar no cargo na Copa e na Olimpíada. Com todo o respeito, dá teu jeito, prefeito! Eu pre-ci-so ter só orgulho da minha terra em 2014 e em 2016. Pronto, publiquei.

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