Por nara.boechat

Brasília - A alta valorização do dólar nos últimos dias será o ponto central da agenda do governo durante a semana. A presidenta Dilma Rousseff vai se reunir com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, para tratar do assunto.
Na última sexta-feira, mesmo com duas atuações do BC, a moeda norte-americana atingiu seu maior valor desde março de 2009, cotada a R$2,40, ao fechar o dia com alta de 2,36%.

O temor do governo é em relação a uma subida ainda maior da moeda, tendo em vista que o mercado já trabalha com essa possibilidade. A valorização do dólar poderia pressionar a inflação em um momento em que a tendência deveria ser de queda.

Patamar ideal

Para o governo, o ideal seria que o dólar ficasse na casa de R$ 2,30, patamar que não provocaria grande impacto sobre a inflação e ajudaria as exportações, que é um ponto a ser considerado no cenário de aumento do déficit das contas externas do país.

No entanto, o próprio governo já sente que a cotação da moeda norte americana deve ficar oscilando entre R$ 2,35 e R$ 2,40 no curto prazo. Isso exigiria uma série de ações mais contundentes por parte da equipe econômica.

O Planalto tem receio de que essa pressão da moeda norte-americana sobre a inflação ocorra no ano que vem, quando haverá eleição presidencial, o que prejudicaria a campanha de reeleição da presidenta.

O problema é que, em parte, o avanço do dólar reflete um movimento internacional e, nesse caso, seu controle não depende apenas do país.

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