Por helio.almeida

Rio - A taxa de mortalidade infantil no Brasil caiu 75% em 22 anos, segundo relatório da ONU divulgado nesta sexta-feira. A queda do índice — que considera óbitos de crianças com menos de 1 ano — foi uma das mais significativas entre as 196 nações monitoradas. O país passou de 52 mortes de crianças a cada mil nascidas vivas, em 1990, para 13 em 2012. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, exaltou os números e prometeu novas conquistas através do programa Mais Médicos.

Com o resultado, o melhor entre os países da América Latina, o Brasil ultrapassou em 33% a meta estabelecida pelas Nações Unidas para 2015. A diminuição das mortes entre jovens de até 5 anos foi ainda maior, chegando a 77%. Para Padilha, mesmo assim, o trabalho não está concluído. “É uma conquista importante, mas não podemos apenas comemorar. Os números mostram que ainda precisamos dar continuidade ao nosso compromisso”, afirmou o ministro.

Mortalidade infantil no Brasil caiuDivulgação

A mortalidade neonatal (óbitos nos primeiros 28 dias de vida do bebê) também apresentou queda. A diminuição foi de 67,8% no mesmo período. O ministro creditou o número à elevação da qualidade do serviço de assistência à saúde no pré-natal, que prometeu ampliar através do programa Mais Médicos. “Vamos garantir essa expansão com médicos especializados na atenção básica para todo o Brasil, especialmente nas áreas mais remotas e de mais difícil acesso”, afirmou, garantindo que as regiões indígenas e periféricas do Norte e Nordeste serão priorizadas.

A diminuição do índice de mortalidade no país foi superior à mundial, de 47,8%. Entre os 22 anos comparados, o número foi de 12,6 a 6,6 milhões. Antonella Scolamiero, representante do Unicef que colaborou com o estudo, destacou a evolução do país. “É preciso que se reconheça que está sendo alcançado o compromisso que o Brasil aceitou assumir.”

Complicações no parto são ameaça

O relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas aponta que as principais ameaças aos nascimentos são complicações no parto, que causaram a morte de 44% dos bebês em todo o mundo. Em segundo lugar, aparece a pneumonia (durante ou após o parto), em 17% dos casos. Diarreia corresponde 9%, seguida de malária, em 7%. Aids, sarampo, meningite ou ferimentos somam 11%, enquanto outras doenças (não especificadas) completam o índice.

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