Por helio.almeida

São Paulo - Um pescador afirma que viu um homem jogar um corpo no rio Pardo, enquanto pescava e suspeita que poderia se tratar do menino Joaquim, encontrado no mesmo rio, na zona rural de Barretos, no último domingo.

Em entrevista concedida à TV Record, divulgada na manhã desta quinta-feira, Anderson Paiva diz que viu “um homem de jaqueta vermelha” que parou o carro, desceu, “jogou um negócio branco no rio e saiu cantando pneu”. “Ainda falei: ‘eu estou pescando aqui, você vai jogar um animal?”, completou Paiva. A suposta testemunha disse que está à disposição da polícia para prestar esclarecimentos.

Padrasto e mãe do meninoReprodução Internet

O local onde o corpo foi encontrado fica a cerca de 150 quilômetros de Ribeirão Preto. Trajado com o pijama que o menino usava para dormir no dia que sumiu, o corpo foi reconhecido pela mãe, a psicóloga Natália Mingoni Ponte, e pelo pai, Arthur Paes.

Investigação

Uma das possibilidades é que Joaquim tenha sido jogado no córrego Tanquinho, que passa perto de sua casa e que vai desaguar no rio Pardo. Como choveu muito durante a semana, o corpo teria sido levado pelas águas até Barretos.

Policiais aguardam o laudo que vai apontar o que matou o garoto, mas já trabalham com a tese de agressão ou outro tipo de violência ou ainda envenenamento. "A hipótese de que ele teria sido morto e jogado no rio foi confirmada, mas ainda é preciso saber o que o matou", disse o delegado João Osinski Júnior, diretor do Deinter-3 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior).

Suspeitos

A mãe e o padrasto do menino, Guilherme Rayme Longo, são os principais suspeitos do assassinato. Em depoimento de mais de quatro horas, na tarde desta quarta-feira, Longo negou participação da morte de Joaquim e disse que se autoaplicou 30 doses de insulina da criança.

O padrasto, segundo seu advogado Antonio Carlos de Oliveira, também negou as afirmações da mãe da criança, de que eles tinham um relacionamento conturbado e que chegou a agredi-la. "Foram desentendimentos comuns, não houve agressão", afirmou o advogado.

A polícia busca ainda saber qual a participação da mãe do menino, a psicóloga Natália Ponte, de 29 anos, na morte do garoto. "A participação dela ainda não está descartada. Queremos saber o que aconteceu naquela noite", afirmou o delegado Paulo Henrique de Castro, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG).

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