Por bferreira
Rio - No mesmo dia em que mais de 200 prefeitos de cidades de vários estados promoveram invasão ao Salão Verde da Câmara para pedir mais verbas a seus municípios, o presidente da Casa, Henrique Alves, se reunia com várias lideranças para tentar evitar um racha entre Legislativo e Executivo na votação do Orçamento da União de 2014.
Para evitar que uma crise marque o fim das atividades do Congresso este ano, a base aliada do governo vai tentar reunificar, hoje, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que ficou conhecida como PEC do Orçamento Impositivo e garantir que o Orçamento de 2014 seja votado até o dia 19. O recesso parlamentar começa dia 22.
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“Quem desfez o acordo foram alguns parlamentares e vamos amanhã (hoje) apresentar a reunificação das PECs para possibilitar que a saúde receba os recursos previstos para 2014”, afirmou o líder do PT, José Guimarães (CE), após reunião com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. O Orçamento contém a previsão de todas as receitas e autorização das despesas da administração direta e indireta.
Prefeitos pedem mais verbas
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Cerca de 200 prefeitos, após discussão com seguranças do Congresso, invadiram ontem a Casa para pressionar por aumento de dois pontos percentuais na cota de tributos que formam o Fundo de Participação de Municípios, FPM.
Ao ingressarem no Salão Verde, os prefeitos entoaram gritos de ordem para o presidente da Casa: “Receba o povo”, reivindicavam os manifestantes. “Essa manifestação é um retrato da crise profunda dos municípios. O Congresso está se omitindo em votar projetos nossos”, afirmou Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional dos Municípios CNM. O dirigente também destacou o atual endividamento dos municípios. Segundo ele, 17% deles estão com a folha de pagamento atrasada.
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