Por helio.almeida
São Paulo - Irão a julgamento na tarde desta segunda-feira os quatro policiais militares acusados de matar um servente de pedreiro, no Campo Limpo, Zona Sul de São Paulo, em novembro de 2012. O Ministério Público diz que Paulo Batista do Nascimento já estava dominado pelos policiais quando foi atingido por tiros que saíram das armas dos PMs. Defesa deve sustentar que disparos foram acidentais.
Homem tenta resistir%2C mas é agredido por PMsReprodução Internet

Os quatro réus serão interrogados no Fórum Criminal da Barra Funda: o tenente Halstons Kay Yin Chen, que comandava a operação, e os soldados Francisco Anderson Henrique, Marcelo de Oliveira Silva e Jailson Pimentel de Almeida. Os debates entre acusação e defesa devem acontecer na terça-feira. A previsão é que 13 pessoas sejam ouvidas - cinco de acusação e oito de defesa.

Na primeira versão da polícia, o servente Paulo Batista do Nascimento, de 25 anos, foi encontrado morto em uma viela depois da troca de tiros. O servente já tinha sido condenado por roubo, receptação e falsificação de documentos. Imagens feitas por um cinegrafista amador mostraram, porém, que Paulo foi cercado pelos policiais ainda vivo em uma casa.
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Um dos PMs dá um tapa no rosto do suspeito e outro, um chute. Um policial ergue os braços em posição de tiro. Não dá para ver o disparo, mas é possível ouvir o barulho. Os policiais foram presos e acusados de homicídio duplamente qualificado: por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima.
De acordo com o relatório final da investigação, dois policiais em patrulhamento desconfiaram de três rapazes em um carro. Os PMs disseram ter dado ordem de parada, mas os suspeitos teriam tentado fugir. Foi quando começou uma perseguição e uma troca de tiros. Um dos suspeitos morreu no local. Mesmo feridos, Paulo e um outro homem fugiram a pé. Paulo se escondeu em uma casa.