Por joyce.caetano
São Paulo - O Ministério Público do Trabalho (MPT) e o sindicato que representa os carteiros protocolaram na terça-feira uma ação civil pública contra os Correios em que pedem, em caráter liminar, que sejam suspensas as entregas de mercadorias em 73 áreas de risco em Campinas, Jundiaí e Sumaré até que a empresa comprove que está adotando medidas que garantam a segurança dos trabalhadores.
A ação é resultado de um inquérito conduzido pela procuradora Alvamari Cassillo Tebet, no qual ficou provado que os trabalhadores dos Correios sofrem sucessivos assaltos durante as entregas em bairros da periferia. Segundo o sindicato da categoria, apenas em 2013 foram 187 ocorrências.
Carteiros reclamam de assaltos durante as entregas em bairros da periferiaSeverino Silva / Agência O Dia

Além disso, os trabalhadores que passaram por estresse físico e mental decorrente dos assaltos não receberam da empresa assessoria jurídica, médica e psicológica.

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Em audiência na semana passada, representantes da empresa disseram que será contratado um grupo especializado para fazer a escolta dos carteiros, mas o contrato é limitado a apenas 16 áreas de risco, enquanto o sindicato aponta 73.
Além disso, a prestação de serviço só passaria valer no final do mês de janeiro.
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O MPT propôs que os Correios apresentassem um cronograma com medidas que oferecessem segurança aos carteiros a partir de dezembro e que houvesse um aumento da abrangência do contrato a fim de atender às demais áreas de risco.
A procuradora ainda propôs um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), que não foi aceita pela empresa.