Por julia.sorella
Imagem de Pizzolato divulgada pela polícia italianaDivulgação

Roma - O tribunal de segunda instância da cidade italiana de Bolonha negou nesta sexta-feira conceder liberdade provisória para o ex-diretor comercial do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, foragido da justiça brasileira e detido na quarta-feira em Modena, por considerar que existe "perigo de fuga".

Pizzolato, que tem dupla nacionalidade, compareceu nesta sexta em uma audiência no tribunal de Bolonha, na qual expressou não concordar com uma possível extradição ao Brasil. O ex-diretor do Banco do Brasil ficará preso por um período indeterminado, já que existe perigo de fuga, opinaram os juízes.

Pizzolato explicou no tribunal as razões pelas quais fugiu. "Segundo ele, o processo não foi administrado corretamente e se tratou de um processo político, já que não cometeu os fatos pelos quais é acusado", disse um dos seus advogados, Lorenzo Bergami. Além disso, Bergami afirmou que Pizzolato está "muito tranquilo" e "confia plenamente na justiça italiana".

Pizzolato foi preso devido ao pedido de detenção internacional feito pelo Brasil. O ex-diretor do BB foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão no julgamento do mensalão. O Brasil tem agora um prazo de 40 dias para solicitar a extradição de Pizzolato ao Ministério da Justiça da Itália, que transmitiria o pedido ao tribunal de segunda instância de Bolonha, que por sua vez estudaria o caso com base nos tratados internacionais.

Pizzolato estava escondido na casa de um sobrinho e possuía um passaporte falso com sua fotografia e com os dados de um irmão já falecido, além de outros documentos cuja natureza ainda se desconhece. A mulher de Pizzolato estava com ele, e segundo disseram fontes policiais à Efe, ela foi uma das causas pelas quais o foragido foi descoberto, já que as autoridades de Modena a viram passeando ao redor da casa na qual permaneciam escondidos.

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