Por tamyres.matos

Brasília - O Ministério Público do Trabalho (MPT) ouve nesta segunda-feira o depoimento da médica cubana Ramona Rodriguez, que abandonou na semana passada o Programa Mais Médicos, alegando que recebia menos de 10% do valor pago aos inscritos individualmente. Neste domingo, entidades médicas divulgaram carta de repúdio às condições de trabalho dos profissionais, cubanos ou não, que atuam no programa.

DIREITOS TRABALHISTAS

O Conselho Federal de Medicina, a Federação Nacional dos Médicos e a Associação Médica Brasileira alegam que o contrato fere direitos individuais e trabalhistas. As entidades querem que todas as denúncias e os “indícios de irregularidades” no processo de contratação de intercambistas e de médicos brasileiros sejam apurados pelo Ministério Público Federal, pelo MPT e pelo Supremo Tribunal Federal.

Desde o lançamento do programa, em julho do ano passado, as entidades médicas defendem que a solução para a falta de profissionais em regiões carentes é a criação de uma carreira federal, semelhante à dos magistrados, para os médicos do Sistema Único de Saúde, além da estruturação dos locais de atendimento.

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