Por leonardo.rocha

Minas Gerais - A Justiça de Minas Gerais condenou por lavagem de dinheiro e evasão de divisas o publicitário Marcos Valério e os ex-sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz a 9 anos e 2 meses de prisão cada um e pagamento de multa no valor de 250 salários mínimos. A informação foi divulgada pelo Ministério Público Federal em Belo Horizonte nesta sexta-feira.

Os crimes ocorreram entre os anos de 1998 e 2000 e foram descobertos durante os trabalhos de investigação realizados pela Força-Tarefa Banestado. Valério, Ramon e Paz já cumprem pena após serem condenados pelo STF no mensalão.

Marcos Valério é condenado no Mensalão MineiroPedro Gontijo / O Tempo / Agência O Dia


Os crimes ocorreram entre os anos de 1998 e 2000 e foram descobertos durante os trabalhos de investigação realizados pela Força-Tarefa Banestado. Segundo a denúncia do MPF, Marcos Valério e sócios promoveram a saída clandestina de recursos financeiros do país, em montante superior a 628 mil dólares, por intermédio da Beacon Hill Service Corporation e da subconta Lonton, mantidas junto ao JP Morgan Chase Bank, em Nova York/EUA.

Os investigadores identificaram 23 transferências em que a empresa SMP&B, comandada pelos réus, foi a beneficiária, ordenante e/ou remetente das divisas. De acordo com a sentença, “pela análise da documentação constante dos autos, resulta certa a autoria dos ilícitos atribuídos aos acusados, bem como inconteste a prova da materialidade dos mesmos”.

A juíza lembrou que o crime de lavagem envolveu o branqueamento dos valores arrecadados no contexto do esquema que ficou conhecido como mensalão mineiro, “uma estrutura organizada para favorecer a chapa composta por Eduardo Azeredo e Clésio Andrade na campanha ao pleito de Governador do Estado de Minas Gerais no ano de 1998, por meio do desvio de verbas públicas e obtenção de recursos privados, em cuja implementação eram peça-chave as empresas DNA Propaganda Ltda, SMP&B Comunicação Ltda e seus sócios”.

Você pode gostar