São Paulo - Duas garagens da Viação Santa Brígida, que opera 80 linhas das Zonas Norte e Oeste da capital paulista, amanheceram fechadas nesta quinta-feira, mesmo após a negociação, nessa quarta-feira, na Superintendência Regional do Ministério do Trabalho, em que ficou acertado o retorno ao trabalho.
De acordo com a São Paulo Transportes (SPTrans), a paralisação na garagem afeta o funcionamento do Terminal Pirituba. O atraso na saída dos ônibus da empresa Gato Preto, por volta das 5h, também dificultou a circulação de ônibus nesse terminal. O órgão informou, no entanto, que os outros 27 funcionam normalmente.
Além das duas garagens fechadas, alguns ônibus estão sendo deixados ao longo da avenida Inajar de Souza, próximo ao Terminal Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da capital paulista. Segundo a São Paulo Transportes (SPTrans), empresa municipal que administra o transporte público na cidade, os pneus dos carros foram furados. Também houve tentativa de fechamento do terminal. A Polícia Militar foi chamada ao local.
O Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese) foi acionado para atendimento de quatro das 80 linhas da Santa Brígida. Segundo a SPTrans, foram escolhidos os principais trajetos, que estão sendo atendidos com 95 veículos.
A negociação de ontem, que durou mais de três horas, teve a presença dos advogados dos sindicatos patronais, de representantes da prefeitura e dos trabalhadores. Motoristas e cobradores que estão insatisfeitos com o reajuste salarial aprovado em assembleia da categoria no dia 19 disseram que concordariam em retornar ao trabalho desde que a prefeitura intermediasse uma reabertura das negociações com os empresários.
A quarta-feira foi mais um dia de problemas para os paulistanos com o transporte público. No fim da manhã, o número de terminais chegou a 14. No início da noite, quase todos foram liberados. Apesar de parte da categoria permanecer em greve, algumas linhas voltaram a operar.
Grande São Paulo
Funcionários da empresa Mobibrasil, que operam ônibus em Diadema e em São Bernardo do Campo, pearalisaram sua atividades nesta manhã. Segundo a empresa, cerca de 230 ônibus não deixaram a garagem neste manhã. Os motoristas e cobradores reivindicam equiparação salarial com funcionários de outras empresas da Grande São Paulo.