Brasília - Na reta final das negociações para a formalização das alianças partidárias, a presidenta Dilma Rousseff recebeu ontem o apoio oficial do PTB à sua reeleição. Em 2010, o partido se coligou ao PSDB. Na terça-feira que vem, a presidenta deverá receber o apoio formal do PP.
O comando da campanha à reeleição de Dilma está preocupado, no entanto, com o PR, que corre o risco de deixar a base da presidenta. Parte do PR defende a aliança com o PT nacional. Mas outro segmento, hoje majoritário no partido, ligado ao grupo do ex-deputado Valdemar Costa Neto (SP), preso pelo mensalão, quer o fim da união em torno da candidatura de Dilma.
Único cabeça de chapa do PR nas eleições deste ano para governador, o deputado Anthony Garotinho trabalha para o partido abandonar a aliança que dará sustentação à Dilma. Ele prefere que o PR fique independente, sem se coligar formalmente com nenhum dos presidenciáveis. Um dos sinais de que o PR tende a não fechar com Dilma é o fato de o partido caminhar para apoiar a candidatura do tucano Geraldo Alckmin à reeleição no governo de São Paulo.
O apoio do PTB à candidatura de Dilma foi formalizado durante almoço com a bancada no Congresso. “Vamos estar na sua campanha de corpo e alma, não como aconteceu em anos anteriores”, garantiu o líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO).
No discurso de 20 minutos, Dilma elogiou a fidelidade do PR em votações no Congresso, como as propostas do Mais Médicos e do Minha Casa, Minha Vida. E lembrou que o processo de distribuição de renda de seu governo “não tira de uns para dar para os outros, não é à la Robin Wood”. “A camada superior da classe média subiu, mas os pobres, os que ganham menos, hoje têm acesso maior ao aumento de riqueza do que tinham no passado”, afirmou Dilma.