Por leonardo.rocha

Goiânia - O padre César Garcia foi afastado de suas funções religiosas até a conclusão de um inquérito pela Igreja Católica após ter concedido bênção a um casal homossexual. O pároco foi comunicado da decisão na tarde desta terça-feira pelo arcebispo de Goiânia, D. Washington Cruz.

Padre César Garcia deu benção ao casal Leo Romano e Marcelo TrentoReprodução


Segundo informações do jornal O Popular, o motivo do afastamento foi a bênção que ele deu na residência do casal de arquitetos Léo Romano e Marcelo Trento, em maio deste ano, quando eles celebravam a união. Amigo do casal, o padre abençoou a casa e os presentes.

Fotos foram divulgadas em redes sociais e podem, segundo o religioso, ter dado a impressão de que ele teria celebrado a união de Romano e Trento, o que ele diz que não aconteceu. “Falei sobre o amor, a importância da vida e de acolher a todos, não disse nada que contrariasse a lei canônica”, disse ele ao jornal. “Fui chamado como um amigo e abençoei a casa deles”, disse.

Padre César Garcia foi afastado pela Igreja após benção a casal gay%2C em GoiâniaReprodução


Ainda ontem, César Garcia, que exerce o sacerdócio em Goiânia há 30 anos, deixou a Paróquia São Leopoldo, no Setor Jaó, onde ele estava há seis meses. Agora, o processo contra o padre César Garcia terá curso na Arquidiocese de Goiânia. Depois de concluído o processo, quando todos forem ouvidos, será tomada a decisão, pelo Tribunal Eclesiástico, em Goiânia.

'Uma casa para todos', diz Papa Francisco

Numa linguagem direta, o Papa Francisco afirmou que a Igreja deve ser “uma casa para todos”, e não “uma pequena capela” concentrada na doutrina, na ortodoxia e numa agenda limitada de ensinamentos morais.

Em entrevista a uma revista católica, o pontífice ainda afirmou que a Igreja tem o direito de manifestar as suas opiniões, mas não pode interferir espiritualmente nas vidas de gays e lésbicas, expandindo seus comentários sobre um assunto que divide clérigos.

"Se uma pessoa é homossexual e procura Deus e a boa vontade divina, quem sou eu para julgá-la? Os homossexuais não devem ser marginalizados por causa de o serem, mas que devem ser integrados à sociedade".

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