Por victor.duarte

Brasília - O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa teve negado um pedido protocolado junto à seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Distrito Federal (DF) para a reativação de seu registro de advogado.

A negativa partiu do presidente da OAB-DF, Ibaneis Rocha, que alegou que, enquanto presidente da Corte Suprema do País, Joaquim Barbosa feriu o Estatuto da Advocacia. Uma comissão da OAB-DF dará a palavra final sobre a reativação ou não do registro profissional de Joaquim Barbosa.

A aposentadoria de Joaquim Barbosa foi publicada no último dia 31 de julho pelo Diário Oficial. Em agosto, o ministro Ricardo Lewandowski passou à Presidência do Supremo.

Joaquim Barbosa aguarda posição definitiva da OAB-DF para voltar a atuar como advogadoAntonio Cruz / Agência Brasil

O ministro aposentado teve uma trajetória tensa com a advocacia e com colegas de Corte. No dia 11 de junho passado, Barbosa mandou retirar o advogado Luiz Fernando Pacheco, defensor do ex-deputado federal e ex-presidente do PT, José Genoino. Pacheco pediu para usar a tribuna da Corte, sem que tivesse autorização para falar em defesa de seu cliente que sofria de doença cardíaca. Barbosa determinou que Pacheco fosse retirado pela segurança do STF, sem conceder a palavra ao defensor.

Em outro episódio, durante uma sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de maio desse ano, Barbosa sugeriu que advogados "acordam às 11 da manhã" e revoltou a categoria.

Relator do Mensalão - a Ação Penal 470 - Barbosa acusou o colega Ricardo Lewandowski de fazer "chicana" ou manobras para atrasar o julgamento. Também teve conflitos durante o julgamento com o colega Luís Roberto Barroso, quando a Corte passou a discutir a dosimetria - o tempo - das penas dos réus

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