Por victor.duarte
São Paulo - O Ministério Público do Estado de São Paulo enviou ofício ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), nesta quarta-feira, solicitando à Polícia Civil que reabra a investigação sobre a morte de Isabella Nardoni, assassinada pelo pai e pela madrasta em 2008.
De acordo com a assessoria de imprensa do MP, o ofício foi enviado pela promotora Kátia Peixoto Villani Pinheiro com base no depoimento de uma testemunha exibido pelo programa "Fantástico", no último dia 7 de dezembro. Funcionária do presídio de Tremembé, a testemunha afirmou ter ouvido da madrasta da menina, Anna Carolina Jatobá, questões sobre o envolvimento de Antônio Nardoni, avô de Isabella, no assassinato.
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Advogado afirmou que vai usar novo laudo na defesa do Alexandre e da Anna CarolinaReprodução Internet

Segundo ela, depois de ter agredido a menina até o ponto de ela desmaiar, no apartamento da família, na Grande São Paulo, o casal, imaginando que Isabella já estava morta, telefonou ao sogro para solicitar ajuda. Foi então que Antônio teria lhes dito para simular uma morte acidental para a menina, atirada pela janela a partir do quarto que ficava no sexto andar do apartamento.

Antônio Nardoni negou a acusação com veemência: "Nunca faria isso", disse ele. "A gente só tem a lamentar que uma pessoa dessa faça uma coisa dessa para prejudicar quem não está mexendo com ela.”
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Também ouvido, o promotor do caso, Francisco Cembranelli, disse que o avô chegou a ser investigado na época. “Durante a investigação, havia suspeitas, sim. Porque houve um contato do casal com o pai em um momento muito próximo ao crime. Mas nós não conseguimos na investigação também trazer responsabilidade para outras pessoas. Por isso, somente o casal foi denunciado.”