Por felipe.martins, felipe.martins
São Paulo  - Dos 53 detidos durante e depois da manifestação convocada na sexta-feira pelo Movimento Passe Livre (MPL) contra o reajuste das tarifas de ônibus, trens e metrô para R$ 3,50, 52 foram liberados na madrugada de ontem, entre 2h e 3h. Eles estavam no 2º Distrito Policial (Bom Retiro) e 78º Distrito Policial (Jardins). Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), um jovem de 23 anos segue detido porque foi preso em flagrante por depredação.
Neste sábado, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, defendeu a ação da polícia sobre o que chamou de “infiltrados” na passeata. Alckmin disse que a manifestação em si foi “nota 10.”
Segundo ele, as manifestações são sempre positivas e fazem parte da democracia. “O que não é possível, e a polícia tem de agir contra, é a depredação dos bens públicos e privados e a segurança das pessoas”, afirmou.
De acordo com o governador de São Paulo%2C a polícia tem que agir contra a depredação do patrimônio público e a segurança das pessoasReuters

Alckmin inaugurou ontem a UTI adulta do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros, na Zona Leste da capital paulista. “A polícia tem de agir. Se houver algum exagero no uso de gás lacrimogêneo, balas de borracha, violência, a polícia tem a corregedoria”, disse o governador.

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Já o MPL, em nota, afirmou que a PM reprimiu violentamente a manifestação: “A PM lançou bombas de gás, bombas de estilhaço mutilante e atirou com balas de borracha para impedir que a marcha chegasse à Avenida Paulista.”
A Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP) rebateu o movimento. “As imagens da imprensa e da própria corporação deixam claro que as agressões partiram de vândalos. Por isso, foi necessário o uso de técnicas de dispersão para conter estas práticas criminosas, com a prisão e detenção de 53 pessoas”, informou a secretaria em nota à imprensa.
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PROJETO DE LEI
O governador de São Paulo afirmou que espera para o início de fevereiro a votação do projeto de lei que dá passe livre de ônibus, trem e metrô para os estudantes de escolas públicas dos ensinos básico (Fundamental e Médio) e Técnico. Conforme a minuta do projeto, os estudantes do Ensino Superior da rede pública classificados como de baixa renda e os alunos de universidades particulares cadastrados em programas sociais, como o ProUni, também terão direito à gratuidade.
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O projeto tramita na Assembleia Legislativa e foi encaminhado, segundo Alckmin, em regime de urgência. Ao ser questionado se essa proposta será suficiente para responder às demandas dos manifestantes, Alckmin respondeu que o projeto de lei se soma a outras ações.