Por victor.duarte
Brasília - Na próxima semana deve chegar à rede pública de todos os estados brasileiros o medicamento três em um, que deve beneficiar, inicialmente, 100 mil novos pacientes com HIV em 2015. Para o secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, é um estímulo para que os pacientes permaneçam em tratamento. Aos poucos, os pacientes que já estão se tratando com os três comprimidos fornecidos separadamente vão começar a usar a combinação.
A dose tripla, considerado tratamento de primeira linha para quem tem o vírus HIV, é a combinação dos medicamentos Tenofovir (300 mg), Lamivudina (300 mg) e Efavirenz (600 mg). “Ele vai facilitar muito a vida de quem usa o medicamento, porque diminui a quantidade de comprimido durante o dia, o que aumenta a adesão ao tratamento”, disse o secretário de vigilância em saúde.
Para secretário do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, é um estímulo para que os pacientes permaneçam em tratamentoAgência Brasil

O Ministério da Saúde investiu R$ 36 milhões na aquisição de 7,3 milhões de comprimidos. O estoque é suficiente para atender os pacientes nos próximos doze meses.Segundo Barbosa, a maioria dos pacientes permanece no tratamento, mas muitos, por estarem se sentindo bem e em alguns casos até acreditarem que o remédio pode fazer mal, decidem, por conta própria, interrompê-lo.

Publicidade
“Os antirretrovirais não curam, é importante que as pessoas tenham essa consciência”, explicou o secretário, alertando que o tratamento para quem tem o vírus é para a vida toda, não permite interrupções. “Qualquer interrupção pode levar o vírus a se multiplicar e também pode favorecer a resistência, levando a pessoa a não reagir mais ao medicamento e ter que buscar outro”.