Por felipe.martins, felipe.martins
Rio -  O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer em que defende a volta à prisão de Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras. A avaliação é que as medidas de apreensão do passaporte de Duque e de proibição dele viajar para fora do país são insuficientes para evitar uma fuga do ex-diretor da estatal, um dos investigados na Operação Lava Jato.
Segundo Janot, Duque “possui inúmeras possibilidades de se evadir por inúmeros meios e sem mínimo controle seguro, especialmente se consideradas as continentais e incontroladas fronteiras brasileiras”. O ex-diretor foi preso em novembro do ano passado, mas foi solto no começo de dezembro, após decisão do ministro Teori Zavascki, que considerou sua prisão irregular. Agora, o caso será analisado por outros ministros do Supremo.
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Nesta sexta-feira, o juiz federal Sérgio Moro estabeleceu prazo de cinco dias para a defesa do executivo Ricardo Pessoa, da UTC, esclarecer os motivos de ter incluído como suas testemunhas de defesa oito políticos, entre eles o ministro da Defesa, Jaques Wagner. Além dele, foram apresentados como testemunhas o tesoureiro da campanha de Lula em 2006, José de Filippi Júnior; o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP); o ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo; e os deputados federais Paulinho da Força (SDD-SP), Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP), Jutahy Júnior (PSDB-BA) e o ex-deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP).
“Deve-se ademais prevenir a eventual utilização do processo judicial como forma de gerar constrangimento desnecessário a agentes públicos, o que é sempre uma possibilidade, especialmente em casos rumorosos”, escreveu Moro.
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Preso na sétima fase da Operação Lava Jato, Pessoa foi apontado por um dos delatores como coordenador de um “clube de propina” formado por empreiteiras.