Por tiago.frederico

São Paulo - A Tropa de Choque da Polícia Militar (PM) entrou em confronto com moradores de um terreno ocupado em Guarulhos, durante uma ação reintegração de posse. No protesto, os ocupantes fizeram barricadas nas entradas ao local e atearam fogo. Alguns também estenderam bandeiras brancas, com pedidos de paz.

A ordem de reintegração, no entanto, foi cumprida e, por volta das 9h, retroescavadeiras entraram no terreno e iniciaram a demolição dos barracos, na maioria, de madeira.

Manifestantes ateiam fogo em reintegração de posse em GuarulhosReprodução / TV Globo

De acordo com a PM, aproximadamente 300 pessoas viviam no local, que fica na Estrada do Elenco, no Parque Primavera, próximo ao Aeroporto Internacional de Guarulhos. Durante a madrugada, conforme mostrou o "Bom Dia SP", da TV Globo, aproximadamente cem pessoas participaram de uma manifestação no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos. O ato no saguão do aeroporto acabou ainda na no início da manhã.

As famílias chegaram ao aeroporto pouco depois da meia-noite e passaram a noite sentadas no chão do Terminal 1, onde exibiam cartazes e faziam muito barulho. Ao "Bom Dia SP", da TV Globo, a PMESP informou que o ato foi pacífico. O terreno onde ocorre a reintegração de posse abrigava muitos estrangeiros, entre eles argentinos e bolivianos. O ato não atrapalhou as operações do aeroporto, segundo informou a concessionária responsável.

De acordo com os manifestantes, eles estão negociando a compra do terreno com o proprietário, mas foram surpreendidos com a notícia da reintegração. Eles pedem a suspensão da reintegração de posse para continuar a negociação com o dono do terreno.

Cláudio Pereira da Silva é catador de recicláveis e estava trabalhando no momento em que a polícia chegou. Morador da ocupação há um ano e quatro meses, ele reclama da ação da polícia: "Não estão me deixando entrar, quero entrar para pegar madeira, telha do meu barraco, mas não querem deixar", lamentou.

A decisão sobre a reintegração partiu da 6ª Vara Civil de Guarulhos. O terreno, ocupado em abril do ano passado, é particular e, segundo a Secretaria de Segurança Pública, trata-se de uma Área de Preservação Permanente.

Com informações da Agência Brasil.

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