Por karilayn.areias

Rio - A prisão de dois homens foi o principal fator para a Polícia Rodoviária Federal anunciar, em boletim no início da noite de ontem, a liberação total das estradas no Rio Grande do Sul, o que aconteceu pela primeira vez desde o início do movimento. Os homens, que não tiveram as identidades reveladas, foram presos na BR-116, no município de Camaquã, a cerca de 500 km de Porto Alegre. Eles estavam coagindo outros caminhoneiros. Às 18h30, a PRF anotava apenas 12 interdições parciais em dois estados — Paraná e Santa Catarina. Sábado, o número era de 52 interdições, a maioria total.

Policiais rodoviários negociam com caminhoneiros a liberação de estrada no interior de Santa CatarinaMárcio Cunha/ Agência O Dia

“O trabalho continua até o restabelecimento completo do transporte de carga, para garantir o abastecimento da população e a normalidade da atividade econômica”, disse Maria Alice Nascimento, a diretora-geral da PRF.

De madrugada, o incêndio de um carro paralisou o tráfego por duas horas na BR 285, em Ijuí. A PRF chegou a suspeitar que a ação estaria ligada ao movimento de paralisação dos caminhoneiros, que entrava no seu 12º dia, mas depois descartou a hipótese.

O dia foi de embates entre grevistas e policiais por todo o Estado, um dos focos de resistência ao aumento do diesel, junto com Paraná e Santa Catarina.

A Polícia Rodoviária Federal realizou várias ações no Estado para evitar novos problemas. A estratégia parecia dar resultado, tanto que às 15h foi divulgado boletim indicando que apenas trâs pontos resistiam à ordem de desbloqueio — dois deles em Cachoeira do Sul, e um em Pelotas. Na noite de sábado a situação era bem mais complicada, com 25 pontos de bloqueio.

Em Brasília, o governo reafirmou compromissos com os caminhoneiros desde que as estradas fossem liberadas. A PRF também identificou pediu a prisão do caminhoneiro que atropelou e matou um grevista.

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