Por clarissa.sardenberg

Rio - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), falará à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras na próxima quinta-feira. O anúncio foi feito pelo presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), no início da reunião destinada a ouvir o ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco.

“Ontem à noite recebi uma ligação do presidente [da Câmara, Eduardo Cunha] expressando o seu desejo de vir a essa comissão. Já tínhamos alguns requerimentos pedindo a sua presença, mas como não tem sessão deliberativa hoje, nós marcamos para a próxima quinta-feira o seu depoimento”, anunciou Motta ressaltando que o depoimento de Cunha é espontâneo.

O depoimento do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras ocorre em audiência pública. Nesta segunda-feira, a defesa havia solicitado à Câmara dos Deputados que seu depoimento à CPI da Petrobras, nesta terça, fosse a portas fechadas.

Após acordo com a secretaria da CPI, no entanto, a defesa concordou com a realização de uma sessão pública. Os deputados, contudo, não poderão fazer perguntas sobre a vida pessoal ou da família do ex-gerente da estatal.

Eduardo Cunha foi um dos parlamentares citados na lista enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com pedido de abertura de inquéritos para investigar pessoas mencionadas em depoimentos da Operação Lava Jato. Entre os nomes estão outros deputados federais, senadores, ex-governadores e ex-ministros de Estado.

Na última quinta-feira, Cunha compareceu de surpresa à primeira reunião da CPI e se colocou à disposição da comissão para esclarecer denúncias de envolvimento com o esquema de desvio de dinheiro e pagamento de propina na Petrobras.

Logo após a divulgação da lista, Cunha negou, por meio de nota, seu envolvimento com os atos ilícitos investigados pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

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