Brasília - Durante todo o dia, a presidenta Dilma Rousseff esteve reunida com ministros do governo acompanhando as manifestações. À noite, o governo federal avaliou a dimensão dos protestos em todo o Brasil.
Na tentativa de acalmar os ânimos dos brasileiros, os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da secretaria-geral da Presidência, Miguel Rosseto, deram coletiva, para informar que, nos próximos dias, a presidenta Dilma Rousseff anunciará um pacote de medidas de combate à corrupção e à impunidade que será enviado ao Congresso Nacional.

Durante a entrevista, houve ‘panelaço’ em bairros nobres de cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. As pessoas batiam nas panelas, enquanto acendiam e apagavam as luzes de suas casas.
O ministro Eduardo Cardozo comentou o protesto nas residências. “Que se respeitem as pessoas que batem panelas, e as que nos aplaudem. Governamos para 200 milhões de pessoas. Somos um governo democrático”, rebateu.
FOTOGALERIA: Protesto contra Dilma em Copacabana
Além do pacote anticorrupção, Cardozo defendeu uma reforma política como única medida eficaz para estancar a corrupção. “O ponto central da reforma é o fim do financiamento empresarial dos partidos e das campanhas eleitorais. Temos que fechar as portas de um sistema anacrônico”, disse.
Para Miguel Rosseto, o protesto foi feito pelos brasileiros que não votaram em Dilma. Ele considerou as manifestações legítimas, mas condenou o que chamou de ‘golpismo, a violência, a intolerância e os pedidos de impeachment infundados’. “A sociedade brasileira há de rejeitar esse tipo de manifestação antidemocrática”, disse o ministro Rosseto.
Participaram da cobertura: Christina Nascimento, Gabriel Sabóia, Leandro Resende, Lucas Gayoso e Maria Luísa Barros