São Paulo - Um policial militar matou uma vizinha a tiros e feriu outras duas pessoas após uma discussão na noite deste domingo na região de Jaçanã, na Zona Norte de São Paulo. Entre os baleados está uma grávida de seis meses, que foi atingida com um tiro no rosto e na barriga.
A vítima, Jurema Cristiane Bezerra da Silva, deixou a casa da mãe ao escutar que um dos seus filhos estava discutindo com o cabo Gilson Teixeira de Souza. Jurema saiu com o celular na mão e disse que usaria as imagens feitas no aparelho para acusar o policial. Revoltado com a ameaça, Gilson atirou.
Jurema foi baleada no peito e morreu antes de chegar ao hospital. O irmão dela, um adolescente de 17 anos, levou um tiro de raspão. Gabriela Rocha, de 18, que estava grávida, foi baleada no rosto e na barriga. Ela foi levada em estado grave para o Hospital São Luiz Gonzaga e parto precisou ser antecipado.
Na unidade de saúde, os médicos conseguiram retira o bebê com vida. O estado de saúde da mãe e filha era considerado regular até as 7h desta segunda. A menina está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O marido de Jurema, Antônio João Agostinho, disse que chegou a fazer diversas vezes boletim de ocorrência no 73º Distrito Policial contra Gilson, no Jaçanã, antes da fatalidade.
As famílias, que moram há muitos anos na mesma rua, viviam em desavença há um ano. De acordo com a polícia, uma irmã do PM já tinha ocupado a residência da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) Jova Rural. Mas, logo depois, a casa foi entregue a uma sobrinha de Jurema, dando início ao conflito entre as famílias.
O cabo Gilson Teixeira de Souza fou preso no 73º DP e confirmou as brigas entre as famílias em depoimento. Ele será transferido para Presídio Militar Romão Gomes.