Por tamara.coimbra

São Paulo - Dois controles do helicóptero em que estava Thomaz Alckmin, filho do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), estavam desconectados na hora da decolagem, informou a Força Aérea Brasileira (FAB) nesta terça-feira. A investigação, entretanto, ainda não concluiu que tenha sido essa a causa da queda, ocorrida em 2 de abril deste ano em Carapicuíba, na Região Metropolitana de São Paulo. Thomaz e outras quatro pessoas morreram no acidente.

O helicóptero onde estava Thomaz Alckmin caiu sobre uma casa que estava vazia na hora do acidente. Todos os ocupantes morreram Reprodução

"Controles flexíveis (ball type) e alavancas (bellcranck) — dois componentes fundamentais para o piloto controlar a aeronave em voo — estavam desconectados antes da decolagem", informou a FAB, em nota. "Pelo fato da investigação estar em andamento, ainda não é possível apontar conclusões acerca dos fatores contribuintes que desencadearam o acidente."

A investigação também aponta que Thomaz, que era piloto de helicóptero, não estava no comando na hora da queda. Segundo a nota, evidências indicam que o comandante estava pilotando a aeronave em todas as fases do voo.

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O helicóptero também não apresentou sinais de danos anteriores à queda. Testemunhas chegaram a afirmar ter visto uma pá da aeronave se soltar no ar, mas essa tese não foi confirmada pela Aeronáutica. "Os danos encontrados nos motores, transmissão principal e de cauda, pás do rotor principal e de cauda e demais componentes da aeronave foram consequências e não causas da queda."

O helicóptero, com quatro anos de uso, era submetido a um voo-teste no momento do acidente e a documentação e sua manutenção estavam "rigorosamente em ordem", informou a Seripatri, empresa responsável, à época do acidente. A FAB confirma que o voo era o primeiro após dois meses de "intervenções previstas de manutenção", mas que ainda analisa a documentação.

Thomaz tinha 31 anos e deixou duas filhas. Também morreram no acidente Carlos Haroldo Isquerdo Gonçalves, 53, amigo do filho do governador, e os mecânicos Paulo Henrique Moraes, 42, Erick Martinho, 36, e Leandro Souza, 34.

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