Rio - A Câmara dos Deputados voltou à análise dos últimos pontos da reforma política, rejeitando nesta quarta-feira por 311 votos contra e 134 a favor o fim do voto obrigatório, proposto no relatório do deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ). Assim, manteve-se na Constituição o voto e o alistamento eleitoral obrigatórios para os maiores de 18 anos.
Segundo o texto constitucional, continua facultativo o alistamento eleitoral para analfabetos e jovens entre 16 e 18 anos. O voto continua facultado aos maiores de 70.
Ainda nesta quarta, os deputados debateriam emendas sobre o tempo de mandato eletivo. Com o fim da reeleição, a proposta é aumentar o mandato dos atuais quatro para cinco anos para os prefeitos, governadores e presidente da República.
A Câmara iniciou as votações do pacote da reforma política no fim de maio, quando aprovou o fim da reeleição, a constitucionalização do financiamento privado de campanhas e a cláusula de barreira branda. A Casa também manteve a regra que permite aos partidos se coligar nas eleições de deputados e vereadores. Entre outros pontos em discussão estão as cotas para mulheres e a unificação da data das eleições. Se aprovadas,as mudanças ainda precisam passar em segundo turno e depois pelo Senado.