Por karilayn.areias

?Brasília - A presidenta Dilma Rousseff (PT) afirmou ontem, durante encontro com governadores em Brasília, que o Brasil passa por “dificuldades” e pediu ajuda para tirar o país da crise. Durante a reunião, ela enumerou fatos que tiveram impacto sobre os “preços e a inflação”, como o aumento do dólar. Dilma disse também que o Brasil passou a exigir muito dos governos e dos serviços públicos, afirmou que “nosso povo está sofrendo”, e “muita coisa tem que melhorar”.

Dilma diz a governadores que o povo está sofrendo e muita coisa precisa melhorarReprodução Internet/ Foto de arquivo

Dilma mandou recado para os oposicionistas que querem seu impeachment e afirmou saber “suportar pressão e até injustiça”. “Eu não nego as dificuldades,mas afirmo que todos nós, e o governo federal em particular, temos como enfrentar essas dificuldades e em um prazo bem mais curto do que alguns pensam. É importante que estabeleçamos os problemas juntos”, afirmou.

O objetivo da reunião era convencer os governadores a ajudarem a presidenta a evitar a aprovação de projetos no Congresso que impliquem em mais gastos para União e para os estados. Em discurso de cerca de trinta minutos, Dilma elencou outros problemas como a desvalorização da moeda e o colapso no preço das commodities, mercadorias exportadas pelo Brasil. “Tudo isso não é desculpa para ninguém: é o fato que nós, como governantes, não podemos nos dar o luxo de não ver a realidade com olhos muito claros. Não podemos nos dar o luxo de ignorar a realidade”, disse a presidenta. “Fomos obrigados, diante dos fatos, a promover o reequilíbrio no Orçamento. Estamos fazendo esforço grande”, afirmou Dilma, ao mencionar os cortes no orçamento realizados pelo Planalto. Segundo ela, o objetivo é recolocar o Brasil na rota do crescimento econômico e da geração de emprego.

Durante o encontro, coube ao ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, que atua ao lado do vice-presidente Michel Temer na articulação política, a exposição das chamadas ‘pautas-bomba’ que estão na pauta no Congresso. O ministro enumerou os possíveis impactos de cada uma das propostas sobre os cofres públicos, como a que muda a correção dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), passando de 3% para cerca de 6%. Segundo o governo, a medida poderá afetar programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida.

Após a intervenção do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre o tema da segurança, a presidenta propôs um pacto nacional pela redução dos homicídios no Brasil e da população carcerária. Ela defendeu pacto entre os governos e lembrou que o Brasil é o líder no ranking mundial de homicídios cometidos.

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