Por marcelle.bappersi

Brasília - Preso pela Operação Lava Jato, o ex-ministro José Dirceu irá prestar depoimento à CPI da Petrobras na semana que vem. Sua convocação foi aprovada em uma sessão esvaziada da comissão de inquérito, que teve a presença de apenas um petista, o relator Luiz Sérgio (RJ). Dirceu deverá ser ouvido em Curitiba, onde está preso preventivamente desde 3 de agosto.

Além de Dirceu, outras seis pessoas foram convocadas, como o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Jorge Zelada e Marcelo Odebrecht, presidente da construtora Odebrecht.

“Houve um entendimento, inclusive da bancada do PT, de que neste momento se justifica o requerimento (de convocação de Dirceu). É uma oportunidade inclusive para que ele possa passar a sua versão sobre essas novas acusações que pesam sobre ele”, afirmou Luiz Sérgio. O requerimento que convoca Dirceu foi apresentado pelos deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP), que não compareceu à comissão, Eliziane Gama (PPS-MA) e Moses Rodrigues.

DELAÇÃO

Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou ontem a validade do acordo de delação premiada firmado entre o doleiro Alberto Youssef e o Ministério Público Federal. Dez dos 11 ministros do Supremo afirmaram que houve legalidade na decisão do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, de homologar o acordo.

Youssef é apontado como um dos principais organizadores do esquema de desvio de recursos da Petrobras. Foi a partir dos depoimentos dele que o STF abriu a maioria dos inquéritos contra 35 congressistas suspeitos de ligação com os desvios da estatal. Os ministros não chegaram a analisar o teor dos depoimentos de Youssef — trataram apenas da validade do acordo de delação.

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