Por fernanda.macedo

Brasília - Ao se manifestar em vídeo divulgado pela internet neste Sete de Setembro, a presidenta Dilma Rousseff defendeu os ajustes fiscais de seu governo alegando que são “remédios amargos”, mas necessários para que o país enfrente uma travessia rumo a retomada do crescimento econômico.

“Alguns remédios para esta situação, é verdade, são amargos, mas são indispensáveis. As medidas que estamos adotando são necessárias para botar a casa em ordem, reduzir a inflação, por exemplo, nos fortalecer diante do mundo e conduzir o mais breve possível o Brasil para a retomada do crescimento. Se cometemos erros, e isso é possível, vamos superá-los e seguir em frente", disse a presidenta, que apelou no sentido de se colocar os interesses do País acima dos interesses individuais e partidários.

Presidenta aproveitou a comoção causada por imagem de menino sírio morto para firmar política brasileira para refugiadosReprodução / Vídeo

A presidenta ainda disse que as dificuldades enfrentadas agora pelo Brasil resultam de um longo período em que o governo adotou a regra de “gastar o que fosse preciso” para garantir o emprego e a renda das pessoas, além dos investimentos e dos programas sociais. ”Agora temos que reavaliar estas medidas e reduzir as que devem ser reduzidas”, disse Dilma, sem especificar cortes.

"É verdade que atravessamos uma fase de dificuldades, enfrentamos problemas e desafios, sei que é minha responsabilidade apresentar caminhos e soluções para fazer a travessia que deve ser feita. As dificuldades e desafios resultam de um longo período em que o governo entendeu que deveria gastar o que fosse preciso para garantir o emprego e renda do trabalhador, a continuidade dos investimentos e dos programas sociais. Nossos problemas também vieram lá de fora e ninguém que seja honesto pode negar isto”, disse a presidenta.

Carona

No pronunciamento, a presidenta pegou carona na chamada crise imigratória e na comoção gerada pelas imagens do menino sírio, Aylan Kurdi, morto ao tentar com sua família, a travessia para a Europa. Dilma citou o episódio como exemplo de crises que enfrentam países de todo mundo e evocou a crise humanitária como mais um fator de dificuldades.

“Países importantes, parceiros do Brasil tiveram seu crescimento reduzido e enfrentam a crise internacional. Além disso, enfrentam tragédias de natureza humanitária. Como mostra a situação chocante dos refugiados que morrem nas praias europeias, ao tentar buscar refúgio da guerra. A imagem do menino Aylan Kurdi, de apenas três anos, comoveu a todos nós e deixou um grande desafio para o mundo. Nós somos uma nação formada por povos das mais diversas origens que aqui vivemos em paz, mesmo em momentos de dificuldades, de crise”, disse a presidente, em mensagem divulgada logo após o desfile oficial em comemoração ao Dia da Independência.

Dilma procurou enfatizar a política brasileira de acolhimento de refugiados que conta com a aprovação da população. “Teremos braços abertos para acolher os refugiados. Aproveito o dia de hoje para reiterar a disposição do governo de receber aqueles que expulsos de suas pátrias queiram vir, viver, trabalhar e contribuir para a prosperidade e a paz no Brasil”, destacou a presidenta.


Somos Todos Brasil

Assista à mensagem da presidenta Dilma Rousseff por ocasião do Dia da Independência do Brasil. #7deSetembro

Posted by Palácio do Planalto on Segunda, 7 de setembro de 2015

Reportagem de Luciana Lima

Fonte: IG

Você pode gostar