São Paulo - O pintor Jorge Luíz Morais de Oliveira, 41, foi preso na última sexta-feira após confessar ter matado Carlos Neto Alves de Matos Junior, 21. Policiais militares encontraram o corpo do rapaz enterrado em um dos cômodos da casa do pintor, na Rua Professor Emydio de Fonseca Telles, no Jabaquara, zona sul de São Paulo.
Os policiais foram informados do ocorrido por meio do Centro de Operações da Polícia Militar (COPOM). Na residência de Oliveira encontraram além do corpo de Matos Junior, outros dois cadáveres e uma ossada que foi examinada pelo Instituto Médico Legal (IML).
A mãe de Oliveira, que mora em frente à casa do filho, informou ter visto ele e o jovem entrarem juntos na residência na noite da última quarta-feira. Ela disse que ouviu "alguns barulhos". Na manhã da última quinta-feira, o pintor saiu e não voltou mais. A pedido da PM, a mãe e a irmã do pintor ligaram para ele, que confessou o crime e se entregou.
Em depoimento, o acusado relatou que o jovem e outro homem teriam entrado em sua casa com uma faca na mão. Houve discussão e Junior o esfaqueou no braço, quando Oliveira teria conseguido tomar a faca e começou a golpeá-lo. O outro homem teria fugido no momento de início da briga. Ao perceber que a vítima estava morta, o pintor alegou desespero, por isso decidiu enterrar o corpo e fugir.
No local do crime havia objetos e roupas com marcas de sangue. Os policiais recolheram uma faca e um soco inglês. Um telefone celular foi reconhecido por uma manicure como pertencente à irmã dela, desaparecida. A mulher informou que ainda não havia sido feito boletim de ocorrência.
O acusado apresentava ferimentos no braço e na perna direita e, por isso, antes de ser levado à delegacia, foi encaminhado ao hospital São Paulo, na zona sul, onde foi medicado e liberado. Ele está preso e responderá por homicídio doloso.O registro do caso foi realizado no 35º Distrito Policial, no Jabaquara. Informações complementares foram obtidas no 16º na Vila Clementino.