Por fernanda.macedo

Brasília - Nove meses depois de tomar posse em seu segundo mandato, a presidenta Dilma Rousseff anunciou o corte de oito ministérios e a redução em 10% do salário dos ministros. Na tentativa de de melhorar sua governabilidade, Dilma mudou toda a configuração do governo Os salário da presidenta e do vice Michel Temer também serão reduzidos em 10% e passarão de R$ 30,9 mil para R$ 27,8 mil.

No total, nove partidos controlam 23 ministérios. Nos casos dos outros oito, os ministros não têm filiação partidária. Mesmo com a redução do número de pastas, o PMDB aumentou a participação na Esplanada de seis para sete ministérios. O partido com mais pastas continua sendo o PT, com nove. Ficaram com um ministério PTB, PR, PSD, PDT, PCdoB, PRB e PP.

Presidenta Dilma Rousseff durante anúncio da reforma administrativa do Governo FederalRoberto Stuckert Filho/PR

Na dança das cadeiras promovida por Dilma, apenas três ministros são novos: Marcelo Castro (PMDB-PI), titular da Saúde; Celso Pansera (PMDB-RJ), que comandará a Ciência e Tecnologia; e André Figueiredo (PDT-CE), que ficou com a pasta das Comunicações.

A presidenta extinguiu também três mil cargos comissionados e 30 secretarias ministeriais, fundindo algumas delas nos chamados “superministérios”, como o da Previdência Social e Trabalho, que ficará sob o comando de Miguel Rossetto (PT). Dilma anunciou ainda a redução de 20% nos gastos de custeio e contratação de serviços nos ministérios, além da criação de metas para a redução nas contas de água e energia e nas despesas com telefone e passagens aéreas.

Num discurso de 20 minutos, Dilma explicou que a troca de nomes na Esplanada está sendo feita para dar estabilidade política ao governo no Congresso, reorganizando a composição dos partidos que compõem a coalizão partidária que a elegeu. A presidenta reforçou que esse movimento é democrático e está sendo feito às claras.

“O meu governo busca apoio do Congresso Nacional e a reforma faz parte também desse contexto”, afirmou Dilma. E admitiu que a reforma faz parte de uma estratégia do Planalto para aprovar medidas econômicas no Legislativo. “Essa reforma tem também um propósito: o de atualizar a base política do governo, buscando uma maioria que amplie nossa governabilidade. Ao alterar alguns dirigentes dos ministérios, estamos tornando nossa coalizão de governo mais equilibrada, fortalecendo as relações com os partidos e com os parlamentares que nos dão sustentação política”, completou.

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