Por gabriela.mattos

Brasília - Aumenta a pressão pelo afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Um grupo de 29 deputados de seis partidos,PT, Psol, PPS, Rede, PSB e PMDB, entregou na Corregedoria da Câmara pedido para que as denúncias contra o presidente da Casa sejam apuradas. Vieram à tona extratos bancários que confirmam a movimentação de contas de empresas do deputado na Suíça. O Ministério Público suíço e a Procuradoria Geral da República investigam as transações e colocam o peemedebista como suspeito de corrupção e lavagem de dinheiro.

Eduardo Cunha está sendo investigado na Suíça por corrupção e lavagem de dinheiroAgência Brasil

Mesmo sob pressão, Cunha disse que “não há a menor possibilidade” de ele renunciar ou se licenciar do comando da casa legislativa.

A representação foi apresentada ao corregedor parlamentar Carlos Manato (SD-ES). Ele irá encaminhá-la à presidência da Mesa-Diretora, comandada pelo próprio Cunha. Os parlamentares pediram ao corregedor que cobre do presidente da Casa que se declare impedido de decidir sobre a eventual abertura de investigação.

Cunha é investigado na Operação Lava Jato e, em agosto, foi denunciado pela Procuradoria Geral da República no Supremo Tribunal Federal (STF) sob a acusação de que teria se beneficiado do esquema de corrupção na Petrobras. Na última semana, o Ministério Público da Suíça enviou ao Brasil os autos de uma investigação aberta contra ele em abril acerca da existência de contas bancárias em nome dele e de parentes no país europeu. A quantia é mantida em sigilo.

Quatro delatores, incluindo Alberto Youssef e os lobistas Júlio Camargo, Fernando Baiano e João Augusto Henriques, acusam Cunha de receber propina do esquema. Henriques confirmou ter depositado dinheiro em uma conta no exterior que veio a saber depois ser de Cunha. O repasse teria sido feito para pagar propina pela aquisição, pela Petrobras, de um campo de exploração em Benin, na África.

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