Rio - Com o pato como o mote, as Federações das Indústrias do Rio (Firjan) e de São Paulo (Fiesp) lançaram neste domingo campanha contra a proposta de retorno da CPMF. Sob o slogan ‘Não vou pagar o pato’, o evento reuniu na Praia de Copacabana o presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, o da Fiesp, Paulo Skaf, e um imenso pato inflável de 12 metros. Outros dois mil patinhos menores foram distribuídos aos participantes que acompanharam o ‘patão’, em dia sem sol na praia.
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Para o presidente da Firjan, a volta da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF) seria um desastre: “Não podemos aceitar a CPMF nem qualquer aumento de impostos, principalmente nesse momento em que a população e as empresas já enfrentam graves dificuldades. Isso só agravaria a crise”, afirmou Gouvêa Vieira.
Segundo o líder empresarial, a carga tributária brasileira já passou do limite razoável e está na casa dos 40% do PIB. “A solução para as contas públicas não passa por mais tributação e sim pela redução de gastos, somada a um forte programa de privatizações”, defendeu. Segundo Vieira, se o Brasil retomar as privatizações, há potencial para geração de caixa equivalente a 4% do PIB.
Seu colega paulista Skaf prometeu “andar com este pato pelo Brasil todo”, com o objetivo de envolver a sociedade nesta campanha, que significa “para, chega de gastança” e completou: “O Brasil precisa que o governo pare de atrapalhar. Ajuste fiscal significa acertar as contas”, afirmou. “O governo precisa cortar seus gastos, seus desperdícios, gastar melhor”, completou Paulo Skaf.
Segundo os organizadores, a campanha ‘Não vou pagar o pato’ pretende conscientizar a sociedade sobre os altos impostos que incidem na produção e nos serviços e evitar a volta da CPMF, proposta pelo governo. A campanha já colheu 840 mil assinaturas e pretende chegar ao milhão, quando serão encaminhadas ao Congresso Nacional.