Por bferreira

Rio - Um protesto de caminhoneiros bloqueou ontem trechos de estradas federais em 14 estados: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Liderados pelo Comando Nacional do Transporte (CNT), o grupo defende o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, pede o aumento do valor do frete, reclama da alta de impostos e da elevação nos preços de combustíveis.

Paralisação de caminhoneiros na BR-153Divulgação PRF

“Somos apartidários e sem cunho político. Nós lutamos pela salvação do país, e isso só será feito a partir da deposição da presidente Dilma Rousseff, seja por renúncia ou por impeachment”, disse à Agência Brasil Fábio Roque, um dos líderes do movimento no Rio Grande do Sul. “Muitos caminhoneiros não estão na rodovia, mas parados em casa. Nossa preocupação é com o risco de pessoas contrárias ao nosso movimento usar de má fé e atentar contra a vida de pais de família”, afirmou Roque, ao garantir que o grupo não tem relações sindicais e surgiu na internet.

Entidades da categoria divulgaram notas em que criticam o protesto. Em nota, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) classificou como imoral “qualquer mobilização que se utiliza da boa fé dos caminhoneiros autônomos para promover o caos no país e pressionar o governo em prol de interesses políticos ou particulares, que nada têm a ver com os problemas da categoria”. A entidade disse que paralisações, greves e protestos são legítimos desde que organizados por entidades sindicais com prerrogativa legal, e deflagradas por meio de deliberação em assembleia geral.

Para o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, a paralisação dos caminhoneiros tem como objetivo o desgaste político do governo.

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