Por bferreira
Brasília - A Defensoria Pública da União emitiu, ontem, uma nota de repúdio onde manifesta toda a sua contrariedade à manobra da bancada ruralista do Senado Federal, que pretende desclassificar parte da emenda 81/2014 que classifica o que é considerado trabalho escravo em território brasileiro.
Os ruralistas tentaram, no fim da noite de quarta-feira, aprovar em regime de urgência as alterações, beneficiando aqueles que ainda têm em suas propriedades trabalhadores em condições análogas à escravidão.
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Entidades ligadas aos direitos humanos e ao combate ao trabalho escravo no Brasil, com a importante participação de artistas militantes da causa, como os atores Wagner Moura, Dira Paes e Camila Pitanga, entre outros, pressionaram e conseguiram adiar a votação para a próxima terça-feira.
“A restrição do conceito de escravidão contemporânea vigente no Brasil, reconhecido internacionalmente como um dos modelos mais avançados do mundo, constituiria imensurável retrocesso social, absolutamente incompatível com o Sistema Internacional de Proteção dos Direitos Humanos”, disse, em nota, a Defensoria Pública.