Por rafael.souza

Minas Gerais - Novos movimentos de terra na Barragem do Fundão, registrados na última quarta-feira, após 81 dias da tragédia de Mariana, na Região Central do estado, geraram instabilidade nos diques de Sela e Tulipa, estruturas da Barragem de Germano, a maior dentre as represas de rejeitos da mineradora Samarco, afirma o promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, do Ministério Público de Minas Gerais. 

Novos movimentos de terra na Barragem do Fundão%2C foram registrados na última quarta%2C após 81 dias da tragédia de MarianaDivulgação

“Não podemos correr novos riscos de rompimentos”, alertou o promotor, mostrando-se preocupado com um vídeo gravado pela Samarco que mostra quase 10 minutos da movimentação de 1 milhão de metros cúbicos de terra, água e lama.

A declaração foi feita nesta segunda-feira, em entrevista ao jornal "O Estado de Minas". “Queremos  medidas concretas, como o plano de emergência”, exige o promotor, referindo-se às medidas para proteger a população da região caso haja rompimento de outras barragens.

Desde o tremor de terra na quarta, a Samarco tem afirmado que as estruturas das barragens de Germano e de Santarém, na mesma região, permanecem estáveis, com base em contíguo monitoramento. A empresa reitera que as movimentações de terra já eram esperadas devido às últimas chuvas, que atinguem o estado, e que a barragem de Santarém tem recebido reforços nas bases. Na última quinta-feira, o Ministério Público mineiro cobrou novos cálculos do nível de estabilidade de Sela.
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