Por bferreira

Rio - Hoje em dia as tentações para o consumo estão em todas as partes e as formas de pagamento são cada vez mais atrativas. Esse cenário nos faz decidir, na maioria das vezes, precipitadamente.Devemos ter mais cuidado para não extrapolar os limites de crédito. Uma boa prática é analisar as ofertas das operadoras dos cartões, bancos e comércio, buscando propostas que sejam adequadas às necessidades de cada consumidor.

Por Jair Abreu Júnior

PERGUNTA E RESPOSTA

“Tenho dívidas no cartão de crédito e cheque especial maiores que a minha renda e elas aumentam a cada mês. O que fazer”?

João Paulo, Realengo

Nesse caso, vale a regra que diz para não comprometermos mais de 30% do nosso salário com dívidas, especialmente as do cartão de crédito e cheque especial. Esses juros são os maiores do mercado, que fazem os débitos crescerem.

É recomendável pagar o valor total da fatura do cartão. Se você decidir quitar o mínimo, é provável que vá acumular multas e juros. Procure conciliar a data de vencimento do pagamento dessas duas modalidades de empréstimo com os períodos em que sua conta bancária tem saldo suficiente.

Analise também a natureza das suas despesas, dando prioridades àquelas mais fundamentais. Tudo isso pode ser feito com o uso de uma planilha simples. Você pode listar, por linhas e colunas, os gastos com seus respectivos valores e vencimentos. Dessa forma, terá uma visão clara de como está usando seus recursos.

É importante fazer uma relação entre suas fontes de renda e as expectativas de gastos (diários, semanais e mensais). A planilha também pode ajudar nesse registro. 

Mapeando a entrada e saída de dinheiro, você vai saber onde gastou cada centavo e poderá refletir sobre seus hábitos de consumo. Paralelamente, recorra ao gerente de sua conta e tente negociar o valor que você deve, levando em conta suas reais possibilidades de pagamento.

Assim, aumentam suas chances de liquidar as dívidas. Isso, porque as instituições financeiras também têm grande interesse em diminuir seus indicadores de inadimplência. Negociando com o banco, procure fazer um controle rigoroso de suas despesas de modo a evitar a contração de novos débitos.

Jair Abreu Júnior é coordenador em Gestão Financeira da Universidade Estácio de Sá.

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