Rio - Integrantes do governo estadual já fazem os cálculos orçamentários para conceder, no primeiro semestre de 2014, um auxílio-saúde de R$ 200 mensais para os 90 mil professores regentes (que estão em sala de aula). O benefício é inédito para o funcionalismo do Estado do Rio.
O valor precisa passar pelo crivo da equipe econômica do governo. Se aprovado, será mais um benefício para os professores, que contam com os auxílios transporte, cultura e alimentação.
Junto com o bônus, no próximo ano será concedido aumento a todos os docentes, incluindo aposentados e pensionistas. O reajuste é classificado como “robusto” pelo governo e deve ser maior do que os 8% pagos em julho deste ano.
O auxílio-saúde é aceito entre os professores da base da União dos Professores Públicos do Estado (Uppes). Segundo a presidenta da instituição, Teresinha Machado da Silva, o adicional é uma antiga reivindicação da categoria. “Precisamos de ajuda para custear as despesas com os medicamentos e demais gastos na área médica”, diz a dirigente.
Contudo, Teresinha defende que o auxílio-saúde deve ser pago também para os professores aposentados. “Não pode ser só para quem está na ativa. É na velhice que precisamos de ajuda, pois os remédios são muito caros”, afirma.
Ela conta que o secretário estadual de Educação, Wilson Risolia, já informou aos integrantes da Uppes sobre o reajuste do próximo ano, que será maior do que de 2013.
“Reconhecemos que há esforço para conceder benefícios e reajuste para os professores, mas a categoria ainda ganha pouco”, disse Teresinha.
MATRÍCULA POR ESCOLA
A Secretaria Estadual de Educação terá que reduzir de 8 para 5 anos o prazo máximo de implementação da lotação de um professor por escola. O tema faz parte da pauta da greve coordenada pelo Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio). Porém, a liderança quer a implementação imediata.
ACORDO COSTURADO
O prazo faz parte do projeto de lei que será votado na próxima semana no plenário da Alerj. É de autoria do presidente da Casa, Paulo Melo (PMDB), e do líder do governo, André Corrêa (PSD). O conteúdo foi costurado com a Secretaria de Educação.
RETIRADA DO VETO
O Sepe exige que o governador Sérgio Cabral retire o veto que trata sobre o tema. Para o presidente da Alerj, Paulo Melo, é impossível que a casa vote pela derrubada do texto. “Se a gente fizer isso, vai colocar em risco os alunos que poderão ficar sem aula”.
ESCOLHA POR ESCRITO
André Corrêa explicou à coluna que o projeto prevê que o professor que desejar alocar os tempos em mais de uma escola, terá que registrar a decisão por escrito. Segundo ele, se o docente não preencher os tempos em uma unidade, será obrigatório exercer funções extraclasse para completar a carga horária.
QUADRO DE EVOLUÇÃO
A implementação será de forma progressiva e a Secretaria Estadual de Educação terá que apresentar à Comissão de Educação da Alerj, no início de cada ano letivo, um quadro da evolução da fidelização da matrícula em uma única unidade escolar.
GRUPO DE TRABALHO
A Subsecretaria Estadual de Gestão de Ensino e a Subsecretaria Estadual de Gestão de Pessoas criaram ontem um grupo de trabalho. O objetivo é estudar a viabilidade da implementação da proposta de uma matrícula de professor por escola.