Por helio.almeida

Rio - Os Correios estão adotando uma série de ações para garantir a prestação de serviços à população com a greve dos trabalhadores. Na noite desta quarta-feira, oito dos 35 sindicatos do Brasil realizaram assembleias. Os servidores, que têm data-base este mês, não aceitaram a proposta da empresa de aumento de 5,27%, abaixo da inflação anual, de 6,27%, medida pelo Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA).

A Empresa de Correios e Telégrafos do Rio (ECT) colocará em prática medidas do seu Plano de Continuidade de Negócios para garantir a entrega de cartas e encomendas e o atendimento em toda rede de agências. Entre as ações estão a realização de horas extras, mutirões para entrega nos fins de semana, deslocamento de empregados entre as unidades e contratações temporárias.

"Os Correios ressaltam que estão em processo de negociação com as entidades sindicais e continuam abertos ao diálogo, não havendo, portanto, justificativa para paralisação", informou comunicado da empresa, acrescentando que a proposta "equivale ou ultrapassa os índices inflacionários do período, impedindo perdas aos trabalhadores".

De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas de Correios e Telégrafos do Rio (Sintect-RJ), Marcos Sant'Aguida, “Os 5,27% de aumento que os Correios apresentaram está bem abaixo da inflação. A inflação é direito, e nós queremos o aumento real do salário”, disse. “Na reunião, nós falamos que caso a empresa não apresentasse uma nova proposta, nós iríamos entrar em greve”, completou.

O sindicalista disse ainda que além de reivindicar melhores salários, a categoria busca o fortalecimento da empresa. "Queremos que tenha uma entrega ampla em todo o território nacional, mais trabalhadores, mais infraestrutura de transporte e mais atendimento ao público. Nós colocamos 62 itens na reunião com os Correios”.

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