Rio - A expectativa do mercado quanto à ação do Federal Reserve (Fed), se a instituição manterá os estímulos à economia dos Estados Unidos, ou não, refletiram na cotação do dólar, que fechou a quarta-feira em queda ante o real. Ontem, a moeda perdeu 1,55%, ficando em R$ 2,194, o menor valor desde 26 de junho, quando terminou em R$ 2,1894. No acumulado da semana, a moeda apresentou queda de 2,81%. No mês, foi de 1,01%, e no ano há valorização de 7,3%. O Fed é considerado o banco central norte-americano.
O mercado de trabalho dos Estados Unidos, que está em baixa, e a paralisação do governo abalaram a confiança da economia mundial. O Fed divulgará nas próximas semanas se mantém seu programa de estímulos por mais tempo. A maioria dos países, principalmente os emergentes, é altamente dependente do fomento dos norte-americanos.
Apesar da crise que enfrentam, o mercado crê que o Fed adiará a redução de seu programa de recompra de sua dívida interna (na forma de bônus), responsável por parte considerável dos dólares que inundam os mercados emergentes. O prognóstico é que a instituição mantenha as aquisições de ativos no ritmo de US$ 85 bilhões por mês em período mais prolongando.
Ontem, o Banco Central do Brasil (BC) fez mais um leilão de país ancorados na variação cambial (swap) vendendo 10 mil títulos com vencimento em 3 de fevereiro de 2014. O volume financeiro equivalente da operação foi de US$ 498,1 milhões.