Por tamyres.matos

Rio - Os títulos de capitalização possuem características que se aproximam da participação em “sorteios”. Mas são diferentes dos recursos financeiros alocados para determinado investimento, que possibilitam taxa de remuneração depois de um certo período. Já o que é destinado aos títulos de capitalização não é remunerado. Será devolvido aos investidores depois de um prazo com correção baseada na Taxa Referencial (TR).

Por Jair Abreu Júnior

PERGUNTA E RESPOSTA

Meu filho é casado, mas tem problemas em poupar dinheiro. Ele pensa em comprar um título de capitalização para fazer uma reserva. É uma boa ideia?
>Jacy, São Conrado

Jacy, um dos atrativos do título de capitalização é a possibilidade de o comprador ser sorteado e ganhar prêmios como valores em dinheiro, veículos e residências. As instituições (seguradoras) possuíam, até o fim do ano passado, cerca de 40 milhões de clientes de capitalização.

Entre janeiro e novembro do mesmo ano, 884 mil participantes (2,2% dos clientes) receberam algum tipo de premiação, de acordo com a Superintendência de Seguros Privados, do Ministério da Fazenda. Os prêmios somaram R$773 milhões naquele período, segundo a Federação Nacional de Capitalização, média de R$ 874,4 por premiado.

Já a caderneta de poupança rende, para depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012, o equivalente a 70% da taxa Selic mais a Taxa Referencial (TR). Isso significa que se o investidor deixar o dinheiro na poupança, em vez de aplicar em título de capitalização, terá um ganho mais elevado.

Alguns especialistas consideram o título de capitalização um instrumento de baixo risco, motivo pelo qual os gerentes dos bancos, em geral, são insistentes na oferta desse produto. O valor médio pago pelos clientes desse modalidade no Brasil, até novembro de 2012, foi de R$ 26, segundo a FenaCap. E com as oscilações nas taxas de juros, a aplicação se tornou uma opção interessante.

As opções de títulos que não devolvem o dinheiro integralmente ao cliente são uma fatia muito pequena do mercado: aproximadamente 7,5%. E as modalidades mais comuns, que devolvem o valor integral corrigido, atingem 81% do mercado.

Jair Abreu Júnior é coordenador em Gestão Financeira da Universidade Estácio de Sá

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