Por nara.boechat
Rio - A Comissão de Trabalho da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) protocolou há um mês pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as causas da crise do Grupo EBX, do ex-magnata Eike Batista. Os deputados querem levantar os efeitos da derrocada das empresas sobre a sociedade fluminense. O documento obteve 25 votos favoráveis.
Autor do requerimento, o deputado estadual Paulo Ramos (Psol) disse que a comissão já poderia ter sido instalada, mas compreende que o presidente da Alerj, Paulo Mello (PMDB), sofre muita pressão dos segmentos empresarial e político, o que supostamente atrasaria o início dos trabalhos.
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Ontem foi promovida audiência pública para tratar das empresas X. Foram convidados o ex-diretor financeiro da LLX, Eugênio Leite de Figueiredo; o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, e o juiz titular da 4ª Vara Empresarial, Gilberto Clovis Farias Matos. Nenhum deles se apresentou, informando incompatibilidade de agendas.
Para Paulo Ramos, o poder público tem obrigação de investigar a “hecatombe” chamada EBX, que “se financiou com recursos públicos”. “A recuperação judicial da OGX nos preocupa, especialmente devido à contratação da Deloitte como administradora do processo”, disse.
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A consultoria ganhará 0,14% da dívida registrada, uma comissão de R$ 15,7 milhões. “Principalmente pela atuação deles no caso Varig, onde não houve acordo e a companhia foi levada à falência”, recordou Ramos.