Por nara.boechat
Rio - O Rio vai receber mais de US$ 120 bilhões (R$278,4 bilhões) em investimentos da Petrobras até 2017. A presidenta da Petrobras, Graça Foster, informou ontem que os recursos sairão de US$ 236,7 bilhões (R$ 549,1 bilhões) que estão previstos para a empresa desembolsar nos próximos quatro anos em todo o país.
Homenageada durante a cerimônia do prêmio Rio+Empreendedor, a executiva destacou que as nove unidades de produção entregues em 2013 aumentarão a capacidade de produção da empresa em um milhão de barris de óleo equivalente (óleo e gás) por dia. Desse total, pouco mais de 600 mil barris/dia vão se somar à capacidade já existente no Rio.
Segundo Graça Foster%2C a produção de mais um milhão de barris de petróleo em 2014 terá impacto direto na arrecadação de royalties Fernando Souza / Agência O Dia

“Vai ter efeito direto sobre os royalties”, destacou Graça em seu discurso. Segundo ela, todas as nove plataformas estarão interligadas no primeiro trimestre de 2014. A executiva afirmou que o compromisso da estatal com a expansão da indústria naval offshore nacional e lembrou que em 2011 e 2012 a Petrobras adicionou apenas uma nova unidade de produção por ano.

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A presidenta comentou a importância da conclusão das obras do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), em Itaboraí. “Nós terminaremos, sim, as obras com os custos planejados”, disse. O projeto sofreu atrasos e aumentos nos valores de instalação.
Premiado durante o evento, o presidente da British Gas para a América do Sul, Nelson Silva, frisou a importância do Brasil para o grupo britânico em termos de produção. “O país representa hoje pouco menos de 10% da produção total mundial da BG. Mas, no futuro, o Brasil vai ser responsável por quase 50% da produção total do grupo”, estimou. “Será depois de 2020, em 2021 ou 2022”. Hoje, a BG produz no país 50 mil barris por dia. Mundialmente, esse total sobe a aproximadamente 650 mil barris/dia.
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Conforme o executivo, a expectativa da companhia é atingir já em 2015 produção de 340 mil barris de óleo equivalente (BOE) por dia no Brasil. Depois de arrematar dez blocos na 11ª Rodada de Licitações de petróleo, a empresa optou por não participar da rodada seguinte, que ocorreu no fim de novembro. Isso não quer dizer que a companhia esteja fechada a futuras licitações.
“Se as condições forem atrativas para a BG, vamos considerar participar de novas rodadas”, enfatizou Silva.
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Entre 2013 e 2018, a BG planeja investir US$ 3 bilhões por ano no país. “Esse investimento não inclui os blocos da 11ª Rodada”, diz Silva, acrescentando que as novas áreas representam investimento de mais longo prazo. A expectativa é de que os novos campos entrem em operação num prazo de nove a dez anos.
British Gas investe em centro de pesquisa no Rio
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O investimento da British Gas em pesquisa e desenvolvimento (P&D) no país deve alcançar um total entre US$1,5 bilhão (R$ 3,48 bilhões) e US$ 2 bilhões (R$4,64 bilhões) até 2025. Parte do montante vai para um centro de tecnologia a ser inaugurado no Rio em 2014.
“Isso torna o Brasil o centro mundial da companhia em tecnologia e inovação”, diz Nelson Silva, executivo-chefe da BG América do Sul.
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As propostas desenvolvidas nos novos laboratórios podem ser exportadas para outros países onde a BG atua. No fim de setembro, a BG e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) assinaram acordo de cooperação para desenvolvimento em energia.
A parceria abrange estudos relacionados ao consumo de energia limpa para reduzir o efeito-estufa; ao desenvolvimento do uso do gás natural como combustível para transporte marítimo; e à melhoria das técnicas de engenharia para produção de gás natural, entre outras ações.
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Reportagem de Rodrigo Carro