Por bferreira
Rio - O endividamento, em muitos casos, está vinculado ao impacto que os anúncios exercem sobre as pessoas, principalmente em épocas festivas, como Natal e Ano Novo. Na condição de endividado, além de enxugar gastos ao mínimo, é preciso discriminar cada uma das dívidas, destacando-se para quem e quanto se deve. Definir uma estratégia para quitação é a melhor saída para abandonar o título de devedor, e deve ser elaborada a partir de um controle detalhado do orçamento mensal. Não dispondo dos recursos necessários para pagar, uma alternativa válida é apresentar propostas aos credores e efetuar os pagamentos sob as condições acordadas. Isto, é claro, tendo atenção redobrada para os prazos dos pagamentos e a adequação dos valores pagos ao seu fluxo de caixa.
PERGUNTA E RESPOSTA
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“Tenho diversas dívidas e pretendia usar o 13º salário para pagá-las. Porém, vejo que ficaria sem dinheiro para comprar os presentes de Natal e acabaria estourando o limite do cartão. O que faço?"
Anderson, Andaraí
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Ao organizar suas finanças você vai descobrir que é possível ter o controle detalhado dos gastos mensais. A partir daí você poderá procurar seus credores e apresentar uma proposta para quitação.
Ao elaborar seu orçamento, terá condições de definir o quanto estará disponível mensalmente para minorar as despesas e o tempo necessário para saldá-las. Dessa forma, poderá definir melhor um plano consistente para zerar as dívidas.
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Caso eles não aceitem, mostre que você está se organizando financeiramente, que reconhece a obrigação e que vai pagar, desde que as condições estejam dentro das suas possibilidades.
Se a instituição de crédito ameaçar a inclusão do seu nome no SPC, o jeito é deixar acontecer. Quando você quita a dívida, eles vão ter até cinco dias para regularizar sua situação junto aos órgãos de proteção ao crédito.

TAXAS DE JUROS
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Considere que além do valor original da dívida, é preciso acrescentar a taxa de juros, e, se você já está inadimplente, inclua também as multas do atraso. O quanto antes entrar em contato com os credores, melhor. Ao negociar com eles, você interrompe o acúmulo de juros e multas.
Se você costuma usar o cheque especial, recomendo que cancele o benefício e transforme a dívida, por exemplo, em um empréstimo pessoal com parcelas mensais fixas. Você vai ver que sai bem mais em conta.
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De qualquer forma, é importante estar atento ao contrair novas dívidas, visando o pagamento das antigas, pois situações impossíveis de serem solucionadas não se resolvem com criação de novos débitos. O que resolve é empregar estratégias úteis.
Sugiro que analise a possibilidade de adquirir presentes de baixo custo para o Natal, e utilize o 13º salário na quitação de suas dívidas. Tente não contrair mais obrigações financeiras e boas festas!
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Jair Abreu Júnior é coordenador em Gestão Financeira da Universidade Estácio de Sá