Por thiago.antunes

Rio - #beijomeliga. O jargão usado nas redes sociais mostra como a comunicação um-para-muitos cresceu com o avanço da telefonia móvel. Já se foi o tempo em que o celular era artigo de luxo e com preços altíssimos — nos primórdios um aparelho “moderno” custava US$ 3 mil (R$ 7.220 em valor atuais).

Hoje, operadoras oferecem pacotes, serviços e descontos na compra do produto. O uso de aplicativos, como WhatsApp e Chat On, por exemplo, permitem que o clientes reduza a conta.
O DIA fez um levantamento com as principais operadoras de telefonia móvel e pesquisou preços para que o consumidor possa adequar o gasto com o celular. De acordo com Marco Quintarelli, especialista em varejo do Grupo AZO, o primeiro passo para economizar é escolher o plano certo para o perfil do consumidor.

Depois de encontrar disparidades de preços%2C Valéria migrou para o pré-pago e passou a usar os aplicativosarquivo pessoal

O plano pré-pago permite mais controle sobre quanto se vai gastar ao longo do mês. Mas não é a melhor alternativa para as pessoas que precisam fazer várias recargas, pois nele o custo por minuto é maior. Os planos pós-pagos podem se tornar mais vantajosos, dependendo da tarifa e de quanto o consumidor usa o aparelho para fazer ligações. Quintarelli lembra também que o uso de aplicativos de mensagens ajudam a reduzir os custos.

De acordo com o especialista, o planejamento é fundamental, pois é por ele que a economia deve começar. “Atualmente, os usuários de telefonia celular têm diversas formas de comunicação, usando voz, texto e internet. O primeiro passo para economizar é o consumidor identificar qual a sua real necessidade da forma de comunicação e contratar o plano mais adequado a sua realidade”, afirmou Quintarelli.

Ele diz que, para quem tem smartphone e pacote de internet, usar os aplicativos gratuitos de contato, como o WhatsApp, por exemplo, pode ser uma alternativa para reduzir custos.
Com tantas ofertas e planos para o consumidor, fica difícil decidir. Foi o que ocorreu com a advogada Valéria Ramiz Wright, 48 anos.

Luciene Dias%3A foco na coberturaDivulgação

Depois de migrar de operadoras e encontrar disparidades de preços, ela trocou o plano pós-pago pelo pré-pago e passou a usar mais os aplicativos oferecidos. Ela explica que sua conta oscilava entre R$ 400 e R$ 1 mil por mês. Após a troca de plano, o valor caiu para R$ 250. “Foi a medida mais drástica que fiz, pois as tarifas são as mais loucas, e os vendedores dizem uma coisa para te atrair para o ‘plano x’. Quando vem a conta, não é nada disso”, reclama.

Dicas para o consumidor falar mais e pagar menos

A conta do celular pode se tornar um grande problema para o consumidor caso não seja controlada. O primeiro passo para economizar é escolher o plano certo. 

Apesar da modalidade pré-paga oferecer maior controle de quanto se vai gastar ao longo do mês, nem sempre é a melhor alternativa para as pessoas que precisam efetuar várias recargas ao longo do mês, pois nelas o valor do minuto é maior. Os pós-pagos podem ser mais vantajosos conforme a tarifa e a duração das ligações.

As chamadas de telefone móvel para a fixo também têm descontos, por isso, vale fazer uma pesquisa do custo do minuto da ligação em cada empresa. Mas fique atento: ligar de telefones fixo para celulares normalmente não têm desconto e sai mais caro no fim das contas. Recados na secretária eletrônica dos celulares também são cobrados. Se puder, evite-os.

Para quem tem parentes ou amigos em outras cidades ou países e precisa fazer ligações de longa distância, a solução pode ser usar softwares de chamada de voz (VoIP), sendo o Skipe o mais conhecido. Para quem não usa esse sistema, pesquisar o preço das tarifas das operadoras é a melhor saída. Há vários planos e opções disponíveis — um deles pode se encaixar melhor no seu perfil e adequar-se também ao seu bolso.

Mas não somente as ligações são cobradas. O uso da internet no celular e as mensagens de texto e multimídia também podem fazer diferença e aumentar o valor da conta. Para quem tem acesso à banda larga, alguns programas de conversa por mensagens instantâneas podem ser uma boa opção para economizar na conta no fim do mês.

Com base no que cada operadora oferece, escolha o pacote adequado

Com mais de 76,6 milhões de clientes em linhas móveis, sendo mais de sete milhões só no Estado do Rio de Janeiro, a Vivo aposta nos clientes classe C para impulsionar o seu crescimento. No início do ano, a operadora lançou o pacote Vivo Tudo para cliente pré-pago. O plano oferece SMS, internet e serviço de voz por menos de R$ 1 por dia.

Outra alternativa de economia, segundo a empresa, é o plano Controle, que sai a R$ 35 por mês. “Os clientes precisam avaliar área de cobertura e serviços antes de escolher a operadora. Um dos maiores pesos na conta do celular são as chamadas ‘off net’, ou seja, chamadas entre as operadoras”, informou Luciene Dias, diretora regional da Vivo.

A Oi investe no SMS para alavancar a receita. No pacote Tudo por Dia, por exemplo, o cliente pode enviar 500 SMS para números Oi e 30 SMS para outras operadoras por R$ 0,50, no dia em que usar. Além disso, a operadora oferece pacotes com até 88% de desconto em relação ao preço do SMS avulso.

Na TIM, a cobrança diferenciada dos planos Infinity (pré-pago) e Liberty (pós-pago) fomentou o desenvolvimento de uma comunidade de mais de 70 milhões de clientes. Para o Infinity, a operadora integrou os serviços de SMS e internet em uma única oferta, o Infinity Web+Torpedo, a R$ 0,75 ao dia.

A Claro lançou planos pós-pagos com base no uso de internet e não mais de voz por minutos. O cliente pode acessar um simulador e escolher o melhor plano para seu perfil de uso. Os clientes pré-pagos acessam dados por R$0,50 por dia.

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